Audiência Pública é realizada em Juína com transmissão ao vivo pela TV Senado
Teve inicio na manhã desta sexta-feira(19/05) em Juína, no Plenário da câmara dos vereadores, com transmissão nacional pela TV Senado, TV câmara, TV assembleia e rádio Assembléia, da audiência pública para tratar da pavimentação asfáltica a BR 174 entre Juina e Vilhena.
O estado de Mato Grosso é comparável a países como Argentina, Colombia, Uruguai e Paraguai, tanto pela densidade demográfica, força econômica e pela extensão territorial, oque ressalta a sua importância economia para o país, além do mais, o estado se encontra no centro do país, tendo assim, o ônus de interligar os estados do norte com os do Sul.
O estado de Mato Grosso é responsável por grande parte da produção de grãos do país e no entanto, as questões logísticas ainda estão mau resolvidas, com poucas vias para a escoação da produção local.
É nesse contexto em que insere a rodovia 174 que liga Juína a Vilhena e Juína Colniza, como uma estrada usada para escoar a produção da região noroeste de MT ao estado de Rondônia, que possui estrutura capaz de levar essa produção ao mercado internacional.
Segundo o secretário estadual de infraestrutura, Marcelo Duarte, o DNIT está em uma fase muito inicial dos estudos de viabilidade, para a execução da obra e no entanto, o governo já está realizando uma cobrança incisiva para que a obra tenha inicio o mais breve possível.
De acordo com o deputado Oscar Bezerra(PSB), apesar da insegurança politica, o mesmo tem expectativa de que o senador Welington Fagundes, juntamente com a bancada federal, consigam segurar recursos necessários para a execução da obra, assim que os estudos forem terminados.
Em entrevista, o senador Wellington Fagundes enfatizou o potencial de produção de produtos agropecuários que o estado de Mato Grosso possui e a vinda do mesmo ao município com o intuito de ajudar na integração dos dois estados(MT/RO).
Para o senador, os portos do arco norte é uma solução para a produção da região, pois possibilita a exportação da produção local ao ligar a malhara rodoviária de MT ao estado de Rondônia.
“[...] Eu sou presidente da frente parlamentar de logística, transporte e armazenamento, e está reunião aqui é uma reunião oficial da comissão de infraestrutura do senado, que nós estamos representado aqui a comissão e é importante ressaltar que é um trabalho conjunto que nós estamos fazendo e a nossa função aqui é exatamente criar mais esperança na população, buscar mais apoio e acreditar que através dessa força da bancada de Mato Grosso, unida com a bancada de Rondônia nós possamos então encontrar não só a realização desse projeto mas também trabalhar no orçamento já que daqui a pouco já estaremos construindo o orçamento do ano que vem e todas essas obras que estão sendo lançadas e os projetos que estamos trabalhando também tem que ter os recursos orçamentários[...]”. Respondeu o senador Wellington Fagundes ao ser questionado do que o senado poderia fazer para efetivar a pavimentação asfáltica.
Sobre as duas reservas indígenas, que a BR 174 divide, será feito um estudo para que as etnias locais sejam consideradas no projeto. Como falou o senador em reunião com as entidades indígenas, os mesmos apoiam a pavimentação da rodovia, desse que seja considerado as etnias locais e seja realizado alguma compensação, benefícios.
Para o senador Valdir Raupp, a integração dos dois estados é muito forte, principalmente pela BR 364, que leva a produção do estado até os terminais portuários de Porto Velho.
“Essa integração com Juína, Cotriguaçu, Castanheira, Aripuanã, Colniza e Juruena ela também será muito importante, não aconteceu ainda por falta da estrada, na época em que erá governador, eu dei o pontapé inicial com o asfaltamento de aproximadamente 20 km e depois não avançou mais ... o componente indígena é um complicador mas eu dei a palavra aos representantes indígenas dessa região, pois eles querem as suas compensações pela construção da rodovia...” Pontuou o senador Valdir Raupp.
Para o deputado federal Ságuas Moraes, a audiência promovida pelo senado vem para manter vivo o sentimento de luta pela pavimentação da via que começou a aproximadamente 20 anos. Segundo o deputado, de Juína a Colniza, já há projeto pronto e recursos destinados, faltando apenas a vontade do estado em realizar a mesma.
Em relação ao trecho que vai de Juína a Colniza, segundo o que foi debatido e exposto na audiência, há 6 lotes, sendo que 4 já possuem licitação feita e recursos colocados e 2 aguardam ainda a conclusão do projeto.
Para prefeito Altir Peruzzo, que esteve recebendo os deputados e senadores em Juína, a audiência é mais um passo no longo processo para a pavimentação asfáltica da BR 174, que por muitos anos ficou interditada, sendo considerada posteriormente uma estrada federal(inicialmente era considerada estadual) e após a federalização, lutou-se para manter a via transitável ainda como estrada de chão de terra e agora luta-se pela pavimentação da via.
As autoridades indígenas estiveram presentes para cobrar dos deputados e senadores a possibilidade de participarem do processo de elaboração do projeto de pavimentação, para que a obra respeite as etnias locais , além de cobrarem compensações pela implantação do asfalto na estrada.
Para finalizar, foi assinado um termo onde o governo se compromete em manter a via transitável, realizando a recuperação da mesma, incluindo cascalhamento, como medida provisória, até a conclusão dos estudos de viabilidade.
A audiência teve a participação do senador Wellington Fagundes, senador Valdir Raupp, deputado federal Ságuas Moraes, deputado estadual Oscar Bezerra, secretário estadual de infraestrutura Marcelo Duarte, Deputado Silvano Amaral, Deputado Pedro Satelite, Prefeito de Juína Altir Peruzzo, prefeito de Vilhena Rosani Donadon, prefeito de Aripuanã Jonas Canarinho, ex prefeito de Juína Hiltom Campos, vereadores de Juína, Aripuanã, Colniza, Cotriguaçu, autoridades indígenas, bispo Dom Neri e demais autoridades regionais e estaduais, além do DNIT(Departamento Nacional de Infra-estrutura e transporte), além dos alunos do IFMT Campus Juína do 3º ano de meio ambiente. A audiência teve seu enceramento as 4h da tarde.
Por: Maurilio Trindade Junior