top of page

Novo diretor da Polícia Federal (PF) diz que proibição de condução coercitiva “não afeta o trabalho”


O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, afirmou na quinta-feira (21/12/2017) que a proibição de realizar a condução coercitiva de qualquer investigado para interrogatório em todo país não vai atrapalhar o trabalho da instituição.

“Acredito que isso [a proibição das conduções coercitivas] não afete o trabalho dos investigadores”, afirmou Segóvia.

A declaração foi dada logo após ele se reunir com o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba, e que frequentemente autoriza conduções coercitivas nas operações, como no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) em 2016.

Em linhas gerais, o termo “condução coercitiva” significa a condução de pessoas por autoridades independentemente de sua vontade para que elas prestem esclarecimentos.

A condução coercitiva para interrogatórios está prevista no Código de Processo Penal quando “o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado”.

No começo desta semana, porém, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu proibir a realização de condução coercitiva por considerar o procedimento inconstitucional. A medida tem caráter liminar (provisório) e ainda será analisada pelo colegiado da Corte, o que não tem data para acontecer.

“A polícia federal se autodetermina através da legalidade. Então, havendo uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) mandando suspender as conduções coercitivas, elas não mais serão feitas pela Polícia Federal (PF) até que haja uma decisão do plenário, do Supremo decidindo se vai haver ou não esse instituto da condução coercitiva”, declarou Segóvia.

A visita de Segóvia a Moro foi uma “cortesia” e ocorreu na sala de audiências do juiz, no prédio da Justiça Federal, em Curitiba. Os dois conversaram por cerca de meia hora.

Segóvia, que assumiu o posto em novembro, está na capital paranaense para a posse, na tarde desta quinta-feira, de Maurício Leite Valeixo no cargo de diretor da Polícia Federal no Paraná.

Moro não conversou com jornalistas após o encontro. As investigações da Operação Lava Jato recorreram com frequência às conduções coercitivas. Segundo dados do Ministério Público Federal (MPF-PR), do início da operação, em 2014, até o dia 14 de novembro deste ano, foram cumpridos 222 mandatos de condução coercitiva.

O juiz já defendeu a utilização do procedimento em várias situações. “A medida se justifica ainda para evitar uma concertação fraudulenta de depoimentos entre os envolvidos e para colher rapidamente a prova, já que há outros investigados que serão presos cautelarmente”, escreveu em uma decisão no ano passado.

REFORÇO NA POLÍCIA FEDERAL (PF) DO PARANÁ

Na entrevista após o encontro com Moro, Segovia também afirmou que haverá aumento no número de investigadores, delegados e peritos na Polícia Federal (PF) no Paraná. Ele, porém, não falou em número.

“[Moro e eu] Falamos dos pontos positivos do trabalho conjunto da Justiça Federal, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal”, declarou Segóvia.

“A ideia é a gente apostar nesse trabalho conjunto dos órgãos investigadores do país contra a criminalidade. A ideia é que a gente se una cada vez mais contra o crime organizado”, afirmou.

Por: Giselle Hishida

Integração Ativa, no Guia Digital da Cidade:

GUPET.jpg
MÍDIA DA CASTERLEITE ATUALIZADA_edited.jpg
95090b_c4ed513d5c6c4c7ab4c88326c9ab528b~mv2.png
MIDIA JORNAL A FOLHA DO VALE DISK PRÁTIC
Mandala%20do%20L%C3%ADrio_edited.jpg
Guia Digital da Cidade_edited.jpg
P.09 DA ED_edited.jpg

ELIZANGELA TRINDADE FOLHA PUBLICIDADE

CNPJ: 32.744.303/0001-05

Endereço: Rua Fortaleza, 703, Lote 23, Quadra 41, Centro

CEP: 78579-000, Itanhangá MT

Email: afolhadovale@hotmail.com

Contato: (66) 98421-4870  (66) 98427-2182

bottom of page