Número 1 do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora dos presídios no Ceará (CE); principal hipótese é
- Gustavo Maia e Luis Adorno
- 18 de fev. de 2018
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Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foragidos da Justiça de São Paulo (SP), até então considerados as principais vozes do Primeiro Comando da Capital (PCC) fora dos presídios, foram mortos a tiros em uma suposta emboscada numa região indígena do Ceará (CE) na quinta-feira (15/02).
De acordo com o Ministério Público (MP), atualmente, Gegê do Mangue era o número três na escala de chefia do Primeiro Comando da Capital (PCC), abaixo de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, recluso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), a 600 km da capital, onde está a cúpula da facção.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Paca também fazia parte da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) e estava entre seus dez membros mais importantes.
“Os moradores relataram que uma aeronave foi usada na ação criminosa. Um helicóptero teria efetuado voos em baixa atitude e os ocupantes efetuados disparos. O fato aconteceu na quinta-feira (15/02). Os corpos foram encontrados de sexta-feira (16/02) para sábado (17/02)”, explicou à reportagem um promotor que atua em Presidente Venceslau e que pede para nem ser identificado.
Os corpos foram encontrados perto de uma lagoa na região de Canindê, município a 118 km da capital cearense, por um rapaz que estava colhendo frutas. O local é de mata fechada, sem acesso via estrada. O homem chamou a polícia que recolheu os corpos e iniciou trabalho de perícia. Próximo aos corpos, havia várias cápsulas de pistolas 9 mm.
Polícia e Ministério Público (MP) trabalham com a hipótese de que as mortes teriam sido motivadas por uma disputa interna do Primeiro Comando da Capital (PCC). Os dois teriam encomendado a morte de outro ex-integrante da cúpula da facção, Edilson Nogueira, o Birosca, aliado de Marcola, sem autorização do resto da cúpula da facção. Mas a hipótese de ligação do crime com disputa com outras façções não está descartada.
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
De acordo com a Folha de S. Paulo, Temer decidiu fazer na segunda-feira (19/02) uma reunião com os conselhos nacionais de Defesa e da República. Eles são órgãos consecutivos da Presidência que opinam sobre a decretação de intervenção federal, como a que ocorre no Rio de Janeiro (RJ). São formados por 23 autoridades entre os ministros e os presidentes da Câmara e do Senado.
Por: Gustavo Maia e Luis Adorno, do uol, em Brasília e Sáo Paulo (SP)