Funcionários Públicos de Brasnorte Continuam em Estado de Greve
- A Folha do Vale - Jornal e Site
- 13 de abr. de 2018
- 3 min de leitura
Incompetência Política e Administrativa tem Sido o Lema em Brasnorte
O atual prefeito em Brasnorte, Mauro Rui Heisler iniciou a administração inchando a folha de pagamento, e ao invés de assumir a responsabilidade da má gerência administrativa, procurou culpar a administração anterior pelas contratações, ora, nem um prefeito que assume tem a obrigação de dar continuidade aos contratos feitos em administrações anterior, e mesmo que continue, nada impede de ser revisto pela boa aplicação e zelo dos recursos públicos.
A situação chegou a levar a maioria dos Funcionários Públicos a Iniciar uma paralisação que se iniciou na quinta-feira (20/03) em Brasnorte/MT, de acordo com funcionários, logo no início já se mostrou estarem diante da maior greve geral já acontecida na história do município. Pela presença da categoria, a comissão de greve afirmou que praticamente todos os setores da prefeitura aderiram a greve. Tendo grande adesão dos mais diversos setores, inclusive das áreas rurais.

Diante da situação, procuramos ouvir os representantes do sindicato dos funcionários públicos com relação a greve que iniciaram em meados do mês passado em Brasnorte. Na realidade a greve se efetivou por poucos dias, em torno de 10 dias de fato, ou seja, após uns 10 dias de paralisação dos serviços públicos, o executivo apresentou na sexta-feira (06/04/2018) proposta para a categoria de servidores. No mesmo dia a comissão de greve, que recebeu a proposta ainda pela manhã às oito horas procurou estudar minuciosamente cada item e tomou as providências para apresentar uma contraproposta ainda no mesmo dia, os quais aguarda a resposta para o início desta próxima semana.

No mesmo dia, diante da proposta da administração municipal, dando a entender o interesse de negociar e atender as solicitações, após apresentação de dúvidas de alguns servidores, a categoria decidiu voltar às atividades, a princípio até está próxima terça feira dia 17/04, quando ocorrerá nova assembleia com apreciação da posição do executivo, quando termina o tempo para a administração municipal responder a contra proposta e esclarecimentos melhor das propostas ainda feita e representadas pelos funcionários públicos no dia 06 deste mês. Portanto, até na próxima terça-feira os funcionários públicos estão atendendo normalmente, mas em Estado de Greve.

De acordo com Marcio Luis Saedt Saunali, responsável pelo setor de comunicação do sindicato a greve não tem como objetivo o prejuízo aos munícipes, mas sim pelo contrário, toda e qualquer luta em favor do servidor público visa em última instância o bom atendimento a população.
Infelizmente a Greve foi o último recurso disponível quando o diálogo foi negado e o poder público ignorou e revogou os direitos dos servidores.
Neste sentido, é importante salientar que a greve, não tem cunho partidário, político, ideológico, religioso ou filosófico, ela é o único e último recurso fatídico para alcance dos direitos da classe, e que no primeiro momento que a administração mandou uma proposta, mesmo nem sendo o desejado e muito menos pouco esclarecido, mesmo assim, os funcionários públicos voltaram ao trabalho e encaminharam uma contraproposta que esperamos o posicionamento para essa próxima semana, quando de fato terminaremos o “Estado de Greve” e voltamos de fato normalmente ao trabalho, ou se de fato retornaremos a paralisação dos funcionários públicos, mantendo unicamente o essencial dos atendimentos públicos no que determina a lei.
De acordo com Marcio Luis Saedt Saunali, ao se Valorizar o Servidor Público, indiretamente valoriza-se também toda a população que merece o atendimento de qualidade.
Dentre as Pautas da Greve estão:
Pagamento do Reajuste Geral Anual - que trata das perdas inflacionárias que toda população está submetida e que não se configura aumento mas sim recomposição salarial.
Pagamento do Piso Nacional dos Professores - luta antiga da classe dos Educadores que há tempos estão sem receber seu piso salarial que já é garantido em Lei Federal e o poder municipal se recusa a cumprir.
Revogação dos Projetos de Lei que o poder executivo montou que acabou resultando na retirada de direitos garantidos Planos de Cargos e de Carreira (PCC) e no Estatuto do Servidor Público.
Muitos acredita que a situação do município passa por uma incompetência administrativa, pois de acordo com as informações, as alegações de limite da responsabilidade fiscal nem procede, desde que a administração municipal tenha a capacidade de gerir os recursos públicos com responsabilidade, pelo menos é isso que afirma alguns funcionários que preferiram nem citar seus nomes.
Por: Maurilio Trindade Aun