Ninguém melhor do um profissional da construção para entender a grande diferença entre o que se passa no papel e o que realmente acontece em campo. De acordo com o Harvard Business Review, um em cada seis projetos irá extrapolar os custos no orçamento em quase 70%.
A tecnologia na construção é um dos melhores caminhos para mudar esse panorama – mesmo assim, o setor ainda mostra certa resistência à inovação e à mudança de costumes.
1. Modelagem 3D
A modelagem 3D utiliza softwares para criar uma representação matemática de uma forma tridimensional. Apesar de já ser bastante conhecida no setor da construção civil, muitas empresas ainda não adotaram a tecnologia em todas as etapas do projeto. Essa relutância tem algo a ver com a inclinação naturalmente conservadora da indústria da construção, mas também com as dificuldades de armazenar e compartilhar modelos 3D.
Alguns softwares de modelagem – como o BIM 360 Glue – permitem que os modelos 3D sejam compartilhados e visualizados em qualquer lugar, principalmente no canteiro de obras. Com isso, o projeto pode ser alterado ou atualizado em tempo real, de acordo com a executabilidade dos serviços em campo. Assim, dados e cálculos imprecisos podem ser rapidamente corrigidos e a empresa evita o retrabalho em várias etapas, que acabam gerando custos extras e atrasos junto aos clientes.
2) Drones
Os drones ainda são pouco explorados pela construção civil, mas a variedade de aplicações da tecnologia é grande.
Os drones podem ser uma potente ferramenta de inspeção ágil no canteiro de obras, oferecendo uma visão completa e diferenciada dos serviços em andamento. Assim, as inspeções podem ser mais frequentes e as possíveis inadequações podem ser corrigidas antes mesmo de se tornarem um problema real.
3) Impressão 3D
Os pré-fabricados tornaram-se um elemento comum de projetos de construção, passando a ser usados em maior volume aqui no Brasil nos últimos três anos. Além de serem sustentáveis por utilizarem menor quantidade de insumos, os pré-fabricados ainda reduzem o tempo de construção, já que as peças são produzidas em fábrica e só é preciso montá-las ou encaixá-las no local da obra.
Nos últimos anos, a indústria dos pré-fabricados também passou a produzir os componentes através da impressão 3D, o que permite que peças personalizadas e em formas complexas sejam produzidas de maneira econômica e rápida. A impressão 3D no canteiro de obras também começa a ganhando terreno, prometendo ser uma maneira flexível e automatizada de construir alguns elementos estruturais de forma precisa. Isso reduz os índices de erro humano e, consequentemente, aumenta o desempenho em campo.