top of page
GUPET.jpg
MÍDIA DA CASTERLEITE ATUALIZADA_edited.jpg
95090b_c4ed513d5c6c4c7ab4c88326c9ab528b~mv2.png
MIDIA JORNAL A FOLHA DO VALE DISK PRÁTIC
Guia Digital da Cidade_edited.jpg
Mandala%20do%20L%C3%ADrio_edited.jpg

Integração Ativa, no Guia Digital da Cidade:

A Folha do Vale - Jornal e Site

TJ celebra Dia dos surdos com 36 colaboradores

No Dia Nacional dos Surdos, celebrado nesta quarta-feira (26 de setembro), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) é referência em inclusão social. A Instituição emprega 36 pessoas com deficiência auditiva que atuam na digitalização de processos no Departamento Judiciário Auxiliar (Dejaux) e na Secretaria da Vice-Presidência, setores ligados à Coordenadoria Judiciária do TJ. A ação é uma parceria com a Unilehu (Universidade Livre para a Eficiência Humana).

A psicóloga da Unilehu, Ana Beatriz Bossoni, revela que as instituições públicas são as que menos fazem a inclusão das pessoas com deficiência. Em oposição a isso, o TJMT é um dos que mais possui surdos em seu quadro funcional. “Pensando em todas as organizações públicas e tendo o TJMT esse número de surdos trabalhando, acho que ele está muito à frente não só falando de inclusão social, mas também trabalhando a diversidade humana”, destaca.

O trabalho no TJMT é o primeiro emprego do jovem Adriano Campos, de 20 anos, que é apaixonado por informática e conta que está muito feliz com a oportunidade profissional. “Eu nunca tive uma oportunidade como essa. Quando eu cheguei aqui, era tudo diferente e desconhecido por mim. Eu amo tecnologia, informática é o meu dom. Como meu trabalho envolve a digitalização de processos, me senti atraído pelo trabalho e aprendi de modo rápido e fácil”, explica Adriano com o auxílio do intérprete Jeymeson Patrick Silva de Araújo.

O jovem afirma ainda que a inclusão realmente é feita no TJMT, pois ele nunca sentiu nenhuma forma de segregação ou preconceito. “Eu me sinto feliz, animado, incluído por trabalhar aqui. Nós conseguimos interagir com as pessoas, temos uma relação muito boa com os servidores”, completa.


Do outro lado da convivência cotidiana, a servidora do Dejaux Izabel Alves Rodrigues também elogia a iniciativa do TJMT: “Dentro de 34 anos que trabalho no Judiciário, é a primeira vez que vejo uma iniciativa como essa. As coisas vão mudando, vão se aperfeiçoando. É um progresso muito bom, muito grande. As pessoas pensam que eles não têm capacidade e eles têm muita capacidade. Não é fácil mexer com processos e eles se saem muito bem.”


A colaboradora Ferdinanda Fortes, de 36 anos, lembra a dificuldade que os surdos enfrentam para encontrar trabalho. “Eu vejo na internet muitas pessoas procurando trabalho e para os surdos é mais difícil ainda. Eu gosto muito daqui. É uma grande oportunidade. O trabalho ajuda muito no nosso amadurecimento, no nosso conhecimento”, ressalta.


TJMT na vanguarda - É justamente essa dificuldade de inclusão no mercado de trabalho que motiva a atual Administração do TJMT em ampliar cada vez mais a ação. “É um projeto bastante inovador e vanguardista que está surtindo efeito enorme porque nós estamos incluindo pessoas que têm dificuldades lá fora. O desembargador Rui Ramos é uma pessoa muito consciente de que as ações da gestão dele estão surtindo efeito, principalmente essas ações de inclusão de pessoas com deficiência nas atividades de desenvolvimento de processos”, enfatiza a diretora-geral do TJMT, Claudenice Deijany F. de Costa.

Diante da necessidade contínua de servidores no Poder Judiciário, a diretora acredita que não há razões para não dar oportunidade aos colaboradores que possuem deficiência, de forma que a condição não impede que eles produzam tanto quanto um servidor que não tenha deficiência, quando bem coordenados por gestores do setor.


A visão do colaborador Sidnei Francisco vai ao encontro da fala da diretora-geral. Aos 41 anos, seu sonho é se tornar um servidor concursado da Instituição. “Já tentei alguns concursos e ainda não obtive aprovação. A comunidade surda ganha força quando passa a trabalhar em ambientes diferentes, que não tinham surdos, como o Tribunal. É uma experiência muito boa. Nós vamos continuar evoluindo e ganhando cada vez mais força e espaço na sociedade em geral”, defende Sidnei.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) no censo demográfico de 2010, Mato Grosso possui mais de 127 mil pessoas com deficiência auditiva, entre aquelas que possuem alguma dificuldade, grande dificuldade ou que não escutam de modo algum.


Por: Mylena Petrucelli/Fotos: Tony Ribeiro/TJMT

Agenda Digital da Cidade

P.09 DA ED_edited.jpg
bottom of page