Ministro disse em evento do setor que poderá rever regulamentação e trabalhar por taxas de juros menores.
Em entrevista, depois de participar, em São Paulo, de Seminário sobre a Economia do Bambu no Brasil, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse em entrevista que poderá rever regulamentação e trabalhar para que o próximo Plano Agrícola tenha taxas mais favoráveis a essa cultura. Declarou ter ficado impressionado com a possibilidade do plantio em áreas degradadas e com o fato de pequenas unidades produzirem grandes volumes de bambu. “No futuro, a ideia é ir para a área de financiamento incentivada. E, quando da elaboração do Plano Safra, discutir uma redução maior em relação a outras culturas que são financiadas”, declarou. Sobre a destinação do bambu, lembrou atividades como geração de energia, uso como fibra para estofamento de automóveis, no artesanato e na construção civil, entre outras aplicações. “ Eu me coloquei à disposição para, até o fim do ano, trocar informações, conhecer as necessidades e ajustar a legislação a fim de incentivar esse cultivo”. Em seu discurso, o ministro, destacou a importância do sistema integrado de produção, que permite uso mais eficiente da terra, preservando os solos e os recursos hídricos, unindo produtividade, bem-estar animal e diversificação da produção. “Com eficiência e produtividade, aumentam as chances do agricultor frente às mudanças climáticas”. Maggi informou ainda estar trabalhando junto com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) para que o bambu seja considerado floresta plantada e passe a ter acesso ao crédito destinado a esse tipo de plantio. “Também desenvolvemos no Mapa políticas públicas voltadas para a conservação do solo e da água, sabedores que somos da importância do bambu na recuperação de áreas degradadas”.