A revista especializada Nature Medicine divulgou um estudo conduzido por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de Columbia, dos EUA, que constatou que o hormônio irisina, produzido em grandes quantidades durante a prática de atividade física, é capaz de prevenir a perda de memória relacionada ao mal de Alzheimer.
A descoberta causou alvoroço na comunidade científica por ser uma esperança para pacientes com a doença degenerativa. A médica endocrinologista e metabologista Dra. Tassiane Alvarenga conta que a irisina foi descoberta por cientistas da Universidade de Harvard, nos EUA, há sete anos. “Esse hormônio é secretado pelos músculos e vai para a gordura branca, onde estimula a produção de outra enzima que ajuda o metabolismo a queimar o tecido adiposo ao invés de estocá-lo, aumentando a termogênese.”
Outras características benéficas da irisina é que seu uso favorece a tolerância do organismo a glicose e promove o emagrecimento rápido e saudável. No estudo divulgado pela Nature Medicine, provou-se que a irisina e sua proteína precursora, a FNDC5, foram capazes de reduzir o déficit de memória e aprendizagem em roedores com Alzheimer, demonstrando maior versatilidade do hormônio.
Apesar de ainda demandar estudos mais aprofundados sobre seu papel na saúde cerebral, Dra. Tassiane destaca que a prática de atividade física, que gera o hormônio, melhora não apenas a saúde física, com aprimoramento de capacidades como a flexibilidade, o fôlego, a propriocepção e outras, mas também a saúde mental. “Os exercícios liberam enzimas que trazem bem-estar, aumentam a cognição, a memória, a autoestima etc. A pessoa só tem a ganhar ao se exercitar com regularidade”, destaca a médica.
Redação Ciclo Vivo