Escola de terra batida é abastecida por energia solar e água da chuva
Uma escola dos sonhos. Recentemente reformada, uma escola no Nepal foi construída com terra batida, é totalmente alimentada por energia solar e está situada no sopé dos Himalaias. Achou pouco? Ao seu redor há árvores frutíferas e um riacho tranquilo para alegria dos alunos e funcionários da instituição. Se por um lado as salas de aula ficaram um pouco mais modernas, por outro a estrutura preserva técnicas arquitetônicas seculares -, que foram empregadas na obra.
Engenheiros civis, arquitetos e equipes de construção se uniram para construir algo verdadeiramente único e com recursos locais na Kopila Valley School. A escola utiliza técnicas de eficiência energética que aproveitam de modo inteligente do clima e da geologia do Nepal.
Com grossas paredes de terra batida, de origem local, reforçadas com barras de aço, a instituição educacional é resistente a terremotos e controla a temperatura interna, proporcionando um ambiente agradável mesmo no calor escaldante do verão. O posicionamento dos edifícios e janelas também foram bem pensados para promover a ventilação natural e maximizar o uso de iluminação natural.
Das aplicações sustentáveis, destacam-se o sistema de coleta de água da chuva, o tratamento de águas residuais e o uso de fogões solares para cozinhar. Por lá, as “águas cinzas” das pias são usadas para lavar banheiros e as “águas negras” são filtradas para irrigação de plantas. Já os resíduos sólidos são transformados em biogás. Além disso, a instalação do sistema solar fotovoltaico junto a uma bateria, garantem 100% do abastecimento por energia renovável.
Com 20 salas de aula para atender 500 alunos, o espaço é muito mais do que uma simples escola. Lá também funciona um centro de saúde mental e aconselhamento, uma clínica de saúde, um laboratório de informática e uma pequena biblioteca. A escola ainda cultiva hortaliças em seu quintal. A construção é uma conquista para todos os moradores da região e teve o apoio da organização sem fins lucrativos BlinkNow.
Fotos: Laxmi Prasad Ngakhusi via BlinkNow