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A Folha do Vale - Jornal e Site

As relações humanas dos equívocos


As relações humanas são estabelecidas a partir de indivíduos que carregam em si uma história e uma vivência. Por isso, as nossas experiências pessoais condicionam, invariavelmente, a forma como nos manifestamos e como o exterior se apresenta a nós nas leituras pessoais que fazemos dele.

Por não haver a capacidade de estabelecermos comunicações claras e translúcidas, alimentamos relações baseadas em equívocos e percepções distorcidas a partir das nossas percepções pessoais. Um exemplo - um dia saímos de casa, preocupados ou aborrecidos com algo, e vamos à mercearia e aquele amigo ou amiga passa por nós e não nos cumprimenta. Como estamos com os nossos pensamentos e problemas, ficamos ofendidos porque o outro não nos falou. Assumimos assim que como a vida nos corre mal, até aquela pessoa está “contra” nós. Mas, se por outro lado, sairmos de casa de bem com a vida, acabámos de ter uma boa notícia, vamos ao tal supermercado e o tal amigo ou amiga passam por nós e não nos cumprimentam, encolhemos os ombros e pensamos “se calhar vai distraído/a”. Não se gera equívoco, pois o pressuposto pessoal usa outras lentes. Portanto, em qualquer relação das nossas vidas não podemos assumir que os outros acham, pensam ou fazem de propósito para nos atingir ou magoar (claro que há excepções). Há que ter o discernimento de que o outro é um mundo igual ao nosso e que não podemos projectar no outro aquilo que carregamos no nosso interior (projectar significa avaliar o outro a partir das nossas percepções pessoais). Ao assumirmos que o podemos fazer, entramos no ciclo da vítima que se nutre de confusão, raiva, tristeza e zanga. O que nos é pedido, cada vez mais, é assumirmos a responsabilidade por tudo o que dizemos, fazemos, emanamos e pensamos. Sem culpas e sem desculpas. Apenas acolher tudo o que acontece no nosso mundo interno e tomarmos conta desse manancial de informação e cuidarmos dele e nutrirmos o que acontece ao nível dos nossos corpos físico, mental, emocional e energético. Assumir a responsabilidade por nós mesmos, por aquilo que somos, pensamos, sentimos e emanamos. Só assim nos conheceremos melhor e só assim podemos abrir espaço para a verdadeira compaixão por nós e, consequentemente, pelos outros, pois aos nos apaziguarmos com o que carregamos nos nossos mundo interno poderemos aceitar de forma mais neutra e amorosa o que acontece no mundo interno dos que nos rodeiam e com os quais estabelecemos ligações sociais e/ou afectivas. Após este reposicionamento, já é possível comunicar com o outro e não usar o “eu acho" ou "eu penso que”, e podemos partir da comunicação do “eu sinto”. Uma boa semana! - Isabel Maria Angélica, 27 de Fevereiro de 2017

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