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A Folha do Vale - Jornal e Site

Pesquisadores criam extrato de açafrão que mata larvas do Aedes aegypti


O extrato mostrou-se eficaz no combate à larva do mosquito Aedes aegypti, conseguindo matá-la entre 3 e 48 horas.


Um extrato bem concentrado, designado “curcumina”, que resulta a partir do açafrão da terra (cúrcuma), colocado em contato com a luz do sol, mostrou-se eficaz no combate à larva do mosquito Aedes aegypti, conseguindo matá-la entre 3 e 48 horas. O Aedes é transmissor da dengue zika, chikungunya e febre amarela.


O estudo e pesquisa foram realizados por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos, que conseguiram que a substância (curcumina) seja “amiga” do meio ambiente (não poluente), sendo, inclusive, mais eficaz que os tradicionais larvicidas.


Segundo a pesquisadora Drª Natália Inada, em declarações ao jornal “O Estado de São Paulo”, após as larvas comerem a curcumina, em contato com o oxigênio presente no ambiente e com uma iluminação, ocorre uma reação de dentro para fora, destruindo essas mesmas larvas.


Experimentação

O extrato tem aplicação simples. É só misturar o pó com um pouco de água e aplicar nos locais que podem servir de criadouro do mosquito, como pratos de plantas e/ou pneus. Os testes foram feitos em quintais de seis casas de São Carlos por três meses.


A pesquisa teve financiamento do Ministério da Saúde, que aguarda a sua finalização para avaliar a possibilidade de liberar a substância para o controle da dengue.


Os pesquisadores estão reunindo documentos pra encaminhar, ainda no primeiro semestre, para os órgãos competentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a aprovação do uso da substância no sistema público de saúde.


Segundo também declarações ao jornal “O Estado de São Paulo”, o professor Vanderlei Bagnato, do Grupo de Óptica do IFSC/USP, seu grupo de pesquisa está trabalhando em um convênio com empresas para produzir essa substância em alta quantidade.


Estes resultados dão sequência a uma série de estudos e pesquisas realizadas pelo IFSC/USP, saiba mais aqui.


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