Um trem compacto e leve, que dispensa rodas e flutua silenciosamente sobre trilhos. Alimentado por quatro painéis de energia solar fotovoltaica, ele não emite gases de efeito estufa. Assim é o Maglev-Cobra, o trem de levitação magnética desenvolvido pelo centro de pesquisas Coppe da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O efeito levitante é obtido do uso de supercondutores e ímãs de terras-raras. Projetado para correr a 70 quilômetros por hora, o trem é ideal para percursos urbanos, em substituição ou em complemento a automóveis, ônibus e metrôs. Concebido para ser montado em módulos, o Maglev-Cobra pode ter quantos módulos forem necessários. Cada um comporta até 30 passageiros.
Os benefícios da adoção do veículo são muitas. Ele requer somente uma passarela suspensa, não competindo pelo congestionado espaço das grandes cidades. Em relação aos custos, sua construção dispensa as caras e impactantes obras civis dos metrôs e trens de superfície convencionais. Os custos operacionais e os custos de manutenção também são menores.
Implementação
Para testar o protótipo e certificá-lo, construiu-se uma via demonstrativa de 200 metros, na Cidade Universitária, para o transporte de até 30 passageiros do Centro de Tecnologia 1 (CT1) ao Centro de Tecnologia (CT2). O pequeno trenzinho no entanto tem ambições maiores: inicialmente ampliar sua linha para conectar o Parque Tecnológico ao BRT, transporte coletivo bastante usado no município do Rio de Janeiro.
Apesar de funcionar há cinco anos como protótipo, cobrindo apenas um pequeno trecho, os desenvolvedores buscam parcerias para tornar o projeto uma realidade nas cidades brasileiras.