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Ministério da Saúde

Hepatite: causas, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento


O que é hepatite?


A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas.


O que Causa hepatite?


As hepatites virais são inflamações causadas por vírus que são classificados por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, mais de 70% (23.070) dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e A (1,7%). O país registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017.

O SUS oferece tratamento para todos independente do grau de lesão do fígado.


Quais os sintomas da hepatite A,B e C?


As hepatites são doenças que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes estão presentes podem ser:

Sintomas mais comuns da hepatite A e B:


  • Dor ou desconforto abdominal

  • Dor muscular

  • Fadiga

  • Náusea e vômitos

  • Perda de apetite

  • Febre

  • Urina escura

  • Amarelamento da pele e olhos


Sintomas mais comuns da hepatite C:

  • Dor ou inchaço abdominal

  • Fadiga

  • Náusea e vômitos.

  • Perda de apetite

  • Febre

  • Urina escura

  • Coceira

  • Amarelamento da pele e olhos

  • Sangramento no esôfago ou no estômago


Como é feito o diagnóstico?


O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado. Por isso, é tão importante fazer os exames. O diagnóstico pode ser feito por testes rápidos que dão o resultado em uma hora. Também existem exames feitos em laboratório.


Testes Rápidos – Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Se você tiver mais de 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C. Você pode ter sido exposto a esse vírus na juventude. Em 2017, foram distribuídos 12 milhões de testes rápidos de hepatite B e C em todo o país.


Pré-natal – O exame de hepatite B também faz parte do rol de exames do pré-natal. A gestante deve ser diagnosticada e será tratada, se houver indicação, ainda durante a gravidez.


Prevenção


Vacina – A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D, e está disponível gratuitamente no SUS. Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.


Como prevenir a hepatite A?

A vacina está disponível no SUS, sendo oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias), e também no CRIE, para pessoas de qualquer idade que tenham: hepatopatias crônicas de qualquer etiologia incluindo os tipos B e C; coagulopatias; pessoas vivendo com HIV; portadores de quaisquer doenças imunossupressoras; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; candidatos a transplante de órgãos; doadores de órgãos, cadastrados em programas de transplantes; pessoas com hemoglobinopatias.


Como prevenir a hepatite B ?

Em crianças, é dada em quatro doses: ao nascer, 2,4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação vacina. É importante que todos que ainda não se vacinaram tomem as três doses da vacina. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou que tenham o vírus HIV, precisam de um esquema especial com dose em dobro, dada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE). Em 2017, foram distribuídas 18 milhões de vacinas. Atualmente, 31.191 pacientes estão em tratamento para hepatite B.


Como prevenir a hepatite C?

Ainda não existe uma vacina contra a hepatite C a prevenção pode ser feita evitando, o contato com sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes. O tratamento é medicamentoso, há cura em mais de 95% dos casos.


Como se transmite hepatite?


  • Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (hepatite A e E);

  • Transmissão por contato com sangue, por meio de compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D). Ambientes médicos, laboratoriais, hospitalares e odontológicos, devem atender as normas de uso de materiais descartáveis, esterilizações de materiais e equipamentos para o controle de transmissão de infecções, dentre as quais se encontram as hepatites virais;

  • Transmissão vertical: pode ocorrer durante a gravidez e o parto (hepatite B, C e Delta) A amamentação não está contraindicada caso sejam realizadas ações de prevenção tais como a profilaxia para o recém-nascido: 1º dose da vacina e imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida e completar o esquema com as demais doses para prevenção da hepatite B e D. Com relação à hepatite C, não existem evidências de que a transmissão possa ser evitada com a contraindicação à amamentação (PCDT Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B e C, 2018). Transmissão sexual: relação sexual desprotegida (hepatite A, B, C e Delta);

  • A transmissão por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados, muito comum no passado é atualmente considerada rara. Isso se dá pelo fato de atualmente haver um maior controle, com a melhoria das tecnologias de triagem de doadores e sistemas de controle de qualidade mais eficientes.


Tratamento


A hepatite C tem cura em mais de 90% dos casos quando o tratamento é seguido corretamente. As hepatites B e D têm tratamento e podem ser controladas, evitando a evolução para cirrose e câncer.

A hepatite A é uma doença aguda e o tratamento se baseia em dieta e repouso. Geralmente melhora em algumas semanas e a pessoa adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Todas as hepatites virais devem ser acompanhadas pelos profissionais de saúde, pois as infecções podem se agravar.


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