Árvores: mais do que sombra, uma questão de economia
Arborização urbana não é plantar árvore é entender, pensar e introduzir conceitos de árvores e florestas no planejamento urbano das cidades. Esse foi um dos entendimentos, que quem passou pela palestra “Árvores – Por um Tocantins melhor”, com o Engenheiro Agrônomo da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Ramis Tetu, puderam chegar.
Para ele, a sociedade tem falsas razões, lendas, para abater as árvores, para não plantar árvores, enquanto na verdade, Tetu argumenta que nós precisamos entender as boas razões para acolhê-las, como própria infraestrutura da cidade. “É preciso entender as árvores nas florestas, nas praças, nos parques, nas possibilidades educacionais, sombra como saúde pública... E isso não está inserido no modelo mental das gestões diversas”, destaca Tetu.
O estudante do 8º período de Arquitetura e Urbanismo da UFT, Lauro Câmara, gostou muito de discutir o tema e o achou pertinente para o Estado. “Palmas é um local onde a população não tem a conscientização de manter a arborização local. A visão dos construtores e da própria população é de desmatar o terreno e depois pensar em uma implantação de uma nova vegetação, isso gera problemas, pois se derruba uma árvore de 20 anos que já tem uma copa e planta outra que vai demorar mais 20 anos para crescer. É preciso mudar essa mentalidade”, defende ele.
Luiz Hildebrando, membro da Associação de Conservação do Meio Ambiente e Produção Integrada de Alimentos da Amazônia (GAIA), ressaltou a importante da sociedade ver as árvore em outros aspectos, tais como o econômico e o sutentável. “Uma aluna fez uma pesquisa uma vez para saber qual seria a economia de energia se tivesse arborização urbana em torno do Palmas Shopping. Na época que foi feito o estudo, o Shopping gastava 2 milhões por ano com energia elétrica, se tivesse arborizado, a economia seria de um milhão por ano. A arborização também é economia”, explica ele de forma prática.
2013 – Um dos objetivos desta palestra que reuniu diversas pessoas, de diferentes seguimentos da sociedade brasileira, era mobilizar as pessoas para o Congresso Nacional de Arborização Urbana, que acontecerá em agosto de 2013 em Palmas.
“Joga-se a ideia hoje, que é uma semente, para em agosto colher algum resultado. Pretende-se incentivar ideias, de que ações podem ser feitas a partir de agora. Plantar árvores, por exemplo, mas não de forma aleatória e sem planejamento, e sim com projetos de plantio e manutenção. Espera-se em agosto quando o Congresso nacional estiver situado em Palmas, que os alunos já tenham projetos para apresentar no próprio congresso”, garante Patrícia Orfila, uma das organizadoras do evento.
Vale lembrar que o congresso pretende ser um momento de ampla discussão transdisciplinar: com debates, apresentação de trabalhos, palestras e eventos correlatos envolvendo toda a sociedade.
Nota: Este estudo foi realizado em Palmas mais também se aplica a todos os municípios do Noroeste do Estado de Mato Grosso. Motivo: As arvores contribuem para manutenção de uma temperatura amena, e fornecem sombra (isto reduz a temperatura do asfalto, o que garante também maior durabilidade aos veículos automotivos)