Por menos técnico que pareça, o termo “limpar o sangue” tem lá seu fundo de verdade. Conversando com a Dra. Célia Mara, do Comitê de Nutrição da Abrale, para definirmos a pauta do mês, surgiu a opção “inhame”. Ao perguntar o porquê deste tema, ela simplesmente respondeu: “o inhame limpa o sangue”.
Em bom português, o termo traduz-se por “fazer muitas impurezas do sangue saírem através da pele, dos rins e do intestino”.
O fato do inhame ser um alimento que deve estar presente na dieta do paciente com imunodeficiência associa-se ao fortalecimento dos gânglios linfáticos, que são os postos avançados de defesa do sistema imunológico (curioso que a forma do inhame seja tão semelhante à dos gânglios…). Ele é riquíssimo em zinco, que também aumenta nossas defesas.
O inhame pode ser consumido cru, mas desta forma pode apresentar um sabor amargo. Cozido, é substituto da batata em quase todas as versões de pratos mais simples e corriqueiros: sopas, purê, panachê.
Além disto, o inhame tem menos calorias do que a porção equivalente numa batata. E, além de ajudar na nossa defesa, ele ainda dá uma forcinha na autoestima, uma vez que ajuda a manter a boa forma.
Como comprar
É importante saber escolher e armazenar o inhame.
Na compra – Os inhames devem estar firmes, sem sinais de brotação, sem áreas amolecidas ou enrugadas e sem sinais de mofo.
Em casa – Os inhames não precisam ser mantidos em geladeira. Se conservam em condição natural por até 10 semanas, em local arejado, escuro e seco. Quando colocados na geladeira, devem ficar parte inferior, dentro de saco plástico. Se houver informação de gotículas de água dentro da embalagem recomenda-se perfurá-la com um garfo.
Para congelar – Lave-os bem, descasque e cozinhe até que fiquem macios. Amasse até formar um purê. Coloque em vasilha de plástico tampado e leve ao congelador, onde pode ser mantido por até 6 meses.
Para descongelar – Deixe-o em temperatura ambiente ou descongele diretamente durante o preparo do prato.