Se resguarde sem se justificar, Riso Frenético e choro de convalescênça
Há algum tempo..ou melhor a alguns anos, andando por uma das avenidas de Juara, alguém passou por mim, rindo, de forma que se percebe que é inocente, despretensioso, sem julgamento ou maldade... Resultado? Ri também!, como frenesi, contagiou, positivamente outras pessoas também, que passaram por mim e mudou o 'padrão' do dia, meu e de outros também.
Há alguns anos, também no tempo de escola, na 7ª série, chorei... só porque alguém que eu apreciava/desejava o bem, chorava... sem motivo, sem saber o por que ou o que tinha provocado a tristeza e o choro. Muitos foram os que queriam sabe o porque do choro... após a 'crise' regressamos a sala, juntos mais cada um para o seu lugar. Nenhuma palavra dita... por ele, por mim ou algum colega ou jovem/adulto... era desnecessário.
Há alguns anos também... no espaço de um estabelecimento público, num canto de um banco de madeira estava eu e uma outra menina, da mesma idade, talvez com 12 ou 13 anos, no máximo.... Uma jovem senhora sentou-se, cansada, na outra extremidade deste mesmo banco, o que fez simular uma gangorra... olhei para a outra menina que aguardava ao lado, em silêncio... em questão de 3 min estávamos fora deste espaço público, acompanhadas, cada uma, por seus responsáveis, e gargalhamos, muito, pela situação, só rimos... muito e alto. A pergunta que nos fizeram é apenas se éramos colegas e se nos conhecíamos... Nenhuma palavra dita... era desnecessário.
A questão é que nos ligamos à outras pessoas de forma inconsciente, ou consciente, compartilhamos/assimilamos como esponja alegrias, dúvidas e dores. ... aliais estamos todos muito mais interconectados do que podemos supor e/ou imaginar.
Por isto é importante também sabermos nos resguardar (fisicamente, mentalmente, emocionalmente e espiritualmente)... Gravar a gratidão em pedras... e reclamações e/ou descontentamento em areia... de forma que o vento ou a água possam, facilmente, apagar.