Reciclagem de tecido existe: conheça as iniciativas e veja como participar

A indústria têxtil é a segunda maior poluente do mundo. O debate sobre o seu futuro reacendeu levando várias marcas e profissionais da moda a colocarem a sua cota de responsabilidade em questão.
Moda sustentável e moda consciente
Conceitos como moda sustentável e moda consciente estão muito atuais porque nos ajudam a refletir sobre todo esse processo encabeçado pela indústria têxtil que deságua em nós, consumidores.
De acordo com o Etiqueta Única, apenas 20% dos tecidos são reciclados por ano em todo mundo. Uma quantidade ainda muito baixa em relação à produção de 73 milhões de toneladas de tecidos em 2015, com estimativa de crescimento anual de 4% até 2025.
Somente no Brasil, a indústria da moda gera 175 mil toneladas de resíduos têxteis anualmente, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT) divulgados pelo site Autossustentável.
O modelo de fast fashion e de lançamento de coleções de vestuário por estação, que ganhou fôlego a partir da década de 1990, está com os dias contados. A produção rápida de roupas baratas, de qualidade questionável e feita por uma mão-de-obra explorada não pode mais ser tratada como normal.
A roupa tem um ciclo de vida e um custo ambiental que precisam ser levados em conta. O ciclo de uma peça, em geral, começa em uma plantação de algodão, na qual são usadas toneladas de agrotóxicos e outros produtos químicos, e termina, ao ser descartada, em oceanos e aterros sanitários.
Já os tecidos sintéticos, como o poliéster e o nylon, podem até ser reciclados, mas não são biodegradáveis. Isso significa que toneladas de fibras e produtos químicos são enviados aos oceanos no processo de reciclagem de peças feitas com esses componentes.