Artigo: Autoconquista
Todo indivíduo traz em sua bagagem histórica, vitórias e derrotas, cultura e conhecimento, medos e virtudes. Apesar da grandeza que temos à nossa frente, devemos ser capazes de manejar com precisão e habilidade a nossa mente. Arisca e fugidia, a mente se não bem cuidada, nos faz de tolo e refém. Não por acaso, os orientais a chamam de macaco que pula de galho em galho.
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É essencial que se tenha condições mínimas de controle da mente para que se possa ter uma existência com potenciais de realização aumentados. Não é de estranhar então que, boa parte das tradições orientais é de pacificar a mente, ou melhor, a "não mente". De não ficar preocupado com o que já passou e com isso, ter presença de espírito, foco e atenção no momento presente.
Somos destinados ao infinito, entretanto precisamos nos conquistar primeiro para avançar para as provas superiores. Quem não se controla, não detém o comportamento justo de si e por isso, torna-se vítima fácil das insurgências inesperadas da vida.
Há sempre fatores controláveis e outros não controláveis que merecem respeito. Para estes últimos, é vital a confiança em seus valores e capacidade, bem como a certeza da bondade de Deus.
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Quem consegue ser senhor de si nos momentos inesperados faz da existência verdadeira jornada de superação e crescimento, sem choques, contratempos ou resultados estranhos. Assim, a vida se torna um processo de confiança e fé, esforço e trabalho. A vitória sorri para aqueles que conseguem ter esta segurança íntima. O Deus interno desperto e voltado à plenitude das boas obras.
Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
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