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Artigo: Reflexões sobre o sentimento humano de ciúme

A Folha do Vale - Jornal e Site

Há inimigos gigantescos da alma e um deles é o ciúme que cria legítimos monstros mentais e emocionais que minam a segurança e a tranquilidade pessoal e interpessoal. Além disso, ele consome valiosos recursos e impede o sagrado repouso restaurador. A desconfiança é como brasa que pode queimar floresta inteira de esperanças e possibilidades. Não se pode dizer que o ciúme é o tempero das relações, pois nem todo ingrediente químico serve para a arte dos relacionamentos.



A pessoa que se faz alvo de ciúmes precisa ter a paciência e a comunicação justa para lidar de maneira a amenizar conflitos imaginários ou não. Todavia, a desconfiança pode ser desarmada com a ultrapassagem do ego para propósitos mais elevados e a busca pelo eu profundo. O ego gosta de pregar peças e também, aprecia criar conflitos para ser o centro da atenção. Por isso, a maturidade e a responsabilidade faz com que o indivíduo desperte para searas mais elevadas e produtivas, já que quem deixa o ego governar a vida é como o cavaleiro que prefere que o cavalo assuma o comando e a direção.



A maturidade pode ser legítima provação para que o ciúme não envenene a alma. O ego, muitas vezes, fica surdo e cego à razão. Entretanto, quando bem explicado, a comunicação supera o ciúme e o seu comportamento pequeno. Apenas quem sabe de seus limites conhece também as formas de ir além. Aprender a confiar em si e no outro pode ser facilitado quando se encontra o caminho de Deus para que o equilíbrio e a harmonia sejam peças diárias da conduta e do comportamento humano.


Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.


 

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