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A Folha do Vale - Jornal e Site

'Nós somos a causa de Tudo'. Prefácio do Livro Metafísica da Saúde, resultado de compilações médicas


A grande maioria das pessoas atribui à sorte, ao azar, ao acaso ou a um poder superior a causa e o comando de tudo que lhes acontece na vida. Com isso, jamais procuram verificar a verdade sobre os fatos. Elas preferem optar por uma atitude conformista ou comodista, alimentando uma postura interna de vítimas que as faz sentirem-se coitadas.


Ficam hipnotizadas pela idéia de impotência diante de certos acontecimentos que consideram difíceis e sobre os quais não querem ter nenhum controle ou responsabilidade. É comum, nas situações dolorosas que afetam a elas mesmas ou os outros, as pessoas se acovardarem, em vez de resistirem com coragem e determinação. Quando não compreendem a causa de certos acontecimentos catastróficos, alguns justificam seu comodismo com frases como: "Deus ou o destino quis assim" ou "Não aconteceu porque não era para ser".


Outros preferem se revoltar a procurar desvendar a verdadeira realidade dos fatos. Reagir com comodismo ou revolta é preservar uma atitude de vítima. O "vitimismo" é sem dúvida o maior empecilho ao progresso da humanidade. Você também pensa dessa maneira? Acredita que sorte, azar, acidentes, catástrofes, dramas, alegrias, enfim, as coisas que acontecem em sua vida são independentes de sua vontade? Considera que o acaso provoca as situações ruins? Imagina que existe algo movimentando sua vida e que você mesmo não tem participação alguma? Pensa que seus problemas são causados pela inveja dos outros ou pelo destino e não por sua condição interna? Se você acredita nisso, provavelmente vive nas teias amargas do "coitado", pois se deixa levar ao sabor dos acontecimentos, já que está sob o domínio de uma força que considera ser independente de sua vontade. Pensar dessa maneira causa-lhe complicações e sofrimentos que reprimem a expressão de vida.


Aquele que se julga vítima acredita que está no mundo para sofrer. Alimentar pensamentos dessa ordem não lhe permitirá usar seu poder de transformar os acontecimentos desagradáveis e edificar uma vida melhor. De modo geral, o ser humano crê na fatalidade, no acaso e na negligência. Quando "acidentes" acontecem, as pessoas imediatamente definem as ocorrências, sem dar a chance de perceber se há uma outra forma de encarar os fatos. Explicar algo classificado como fatalidade não é uma tarefa fácil. Compreender o que está por trás de um acontecimento ruim exige certa predisposição a acatar o novo e abandonar os conceitos impregnados na humanidade.


Um acidente parece sempre algo inexplicável, e o acaso um mistério agindo aleatoriamente. Pensar desse modo é o mesmo que considerar que o nada pode fazer tudo, como realizar feitos extraordinários, provocar acidentes, promover sua demissão do emprego, fundir o motor de seu carro, causar uma infestação de cupins em sua casa e uma série de outros males que o rodeiam. Olhar a vida por essa óptica é acreditar que somos vítimas dos mecanismos naturais.


A idéia de sermos vítimas das fatalidades não é a melhor concepção de vida. É inaceitável crer que um ser superior governe tudo como um déspota ou mesmo que é o acaso que provoca todos os contratempos na vida das pessoas. Assim também não se pode acreditar que a natureza é caótica a ponto de cometer alguns lapsos em seus intrincados mecanismos de funcionamento. A natureza é sábia, portanto para toda ação há sempre uma causa, mesmo quando nossa inteligência não consegue alcançar o conhecimento dos processos da vida. Quem segue sua intuição e busca uma outra visão dos acontecimentos, rompendo com a concepção do acaso e da injustiça, acaba encontrando as respostas para as ocorrências desagradáveis.


Experimente desafiar a ideia de fatalidade e busque a consciência das verdadeiras causas. Não acredite cegamente no que lhe foi passado. Procure obter uma vivência prática, observe as sensações de seu corpo, dê vazão à intuição. Esse procedimento possibilita desvendar a realidade dos acontecimentos.


O "vitimismo" é uma forma infantil de lidar com os fatos. De que modo então poderemos compreender os acidentes, as catástrofes e as situações problemáticas ou maravilhosas, se não cremos mais no acaso, se não responsabilizamos os outros, tampouco os atribuímos à vontade divina ou aos imperativos da vida? Qual a explicação plausível para o que acontece de bom ou prejudicial em nossa vida? A resposta é: Você é a causa de tudo!


É o centro de sua vida e senhor de seu próprio destino. Este livro tem o propósito de comprovar por meio dos fundamentos metafísicos que essa afirmação é verdadeira. Caso suas condições de vida não estejam a contento e ela esteja repleta de impedimentos, relacionamentos difíceis, escassez de recursos econômicos, doenças, etc., é sinal de que você não está fazendo uso adequado de seus poderes naturais, os quais comandam seu destino. Acatar a consciência metafísica é abandonar o pretexto de atribuir ao externo suas frustrações internas; é reconhecer em si mesmo o referencial manifestador que cria a realidade, atraindo para si tudo de bom ou ruim que lhe acontece na vida.


A vantagem dessa mudança é que você resgata o poder natural e passa a ter capacidade para transformar as situações desagradáveis que estão à sua volta, alterando o curso de sua vida para melhor. Se de um lado você perde o álibi que justifica suas inabilidades, por outro adquire o poder interior de intervir nas situações externas. Essa postura vai tirá-lo da passividade e da dependência dos outros ou da concessão das forças naturais, proporcionando as condições internas necessárias para edificar uma vida nova. Inicialmente você pode estranhar essa nova concepção de vida.


Para muitas pessoas é difícil pensar assim, aceitar como verdade o fato de que são elas que põem em movimento tudo que lhes acontece e não mais responsabilizar alguém — nem mesmo Deus — pelo que se passa com elas. Você está disposto a encarar a vida por uma nova óptica? Isso exige parar de se colocar como vítima e se dar uma chance de estudar os acontecimentos por um outro ângulo. Esta é uma tarefa que requer tempo, observação e dedicação, porém os resultados serão promissores. Empenhar-se na reformulação interior é um importante passo para o sucesso e a realização pessoal.


Essa conduta opera significativas mudanças em sua forma de pensar e agir. Renovado interiormente, você se tornará mais perspicaz para compreender o motivo de sua vida, seguir um caminho e não outro, e o significado de tantas adversidades. A vida não é estúpida nem inconseqüente, tampouco somos vítimas, mas sim os condutores de nosso próprio destino. Mediante isso você não deve se sentir culpado. Se sua postura ao longo da vida foi de omissão, assuma a responsabilidade. Ser responsável é ter habilidade natural de criar respostas, passando a conduzir sua vida de forma consciente. Lúcido de seu direito de escolha, você vai agir com mais segurança, podendo evitar aborrecimentos e alcançar mais rápido a felicidade.


Não confunda responsabilidade com obrigação. Obrigação é forçar você a fazer algo contra sua natureza, e responsabilidade é a consciência de seu poder de causar reações no mundo. Ser responsável é reconhecer e respeitar os próprios sentimentos, usar de bom senso e assumir o direito de escolha, podendo dar ou tirar a importância do que acontece ao redor. Você pode optar entre o positivo e o negativo de uma situação. Encarar os fatos com otimismo é considerar as perspectivas favoráveis, e com pessimismo é aceitar a derrota por antecedência. A qualquer momento pode-se acreditar ou desacreditar, só depende de você.


A consciência metafísica não irá privá-lo das experiências de vida, ela atenua a intensidade dos obstáculos porque o fortalece para enfrentá-los e favorece na transposição dos desafios, resgata o poder interior e promove o reconhecimento dos potenciais latentes na alma.


MENTE SEM LIMITES

"A mente tem diferentes níveis, mas não tem limites." Compreender a dinâmica das experiências mentais auxilia-nos a lidar melhor com esse complexo mecanismo do pensar.


Formular pensamentos, ter consciência de nossa lucidez e manipular a capacidade de escolher e de dar importância são os maiores atributos da raça humana. Podemos comparar a mente a um grandioso e sofisticado computador que temos ao nosso inteiro dispor. Como qualquer aparelho de altíssima tecnologia, precisamos conhecer seu manual de funcionamento. O mesmo se aplica ao universo psíquico.


É importante conhecer os mecanismos que compõem a mente, para podermos manipular a capacidade criativa em nosso benefício. Somos um sofisticado sistema de captação e produção de energias vivificadoras, e a mente canaliza e direciona essas energias vitais, criando a atmosfera energética que influencia a realidade, e estas se moldam de acordo com as nossas crenças.


As crenças podem se originar dos valores morais ou religiosos que nos são passados pela educação ou formulados através de nossas próprias experiências. Elas representam as certezas interiores ou aquilo que tomamos como verdadeiro para nós. Na maioria das vezes são adotadas sem nenhum critério seletivo, não questionamos se esses valores ainda servem para a realidade atual, por isso eles são falsos valores. Porém aqueles que são formulados como resultado de nossas vivências são mais realistas, por isso nós os consideramos valores verdadeiros.


As crenças estabelecidas ao longo de sua existência determinam a maneira como você encara os fatos da vida e servem de base para a escolha de como você deve reagir e se comportar. Para cada pensamento teremos uma reação em nosso sistema ou uma sensação. Assim eles também determinam a qualidade de bem ou mal-estar de seu dia-a-dia. De uma certa forma, como veremos mais adiante, nossas crenças moldam a realidade, reproduzindo no ambiente externo aquilo que concebemos interiormente.


Cada um vive de acordo com suas próprias crenças. Se você acredita no bem, terá bons pensamentos, conseqüentemente sua vida seguirá por um curso harmonioso. Já aqueles que acreditam no mal são maliciosos, vêem maldade em tudo, acabando por atrair episódios ruins. Ser otimista é pensar nas perspectivas favoráveis de uma situação, enquanto ser pessimista é nutrir pensamentos negativos e dar muita importância aos obstáculos. A mente é comandada por você, por seu livre-arbítrio.


De modo geral, aquilo que se pensa sobre si mesmo e sobre a vida determina a realidade à sua volta. Nutrir idéias de inferioridade o faz sentir-se imperfeito. Essa postura criará um cenário desolador, onde você será o protagonista. Para que a condição interna se torne realidade, é necessário crer de forma total, visceral, apaixonadamente ou a corporificar tais idéias.


Não adianta só desejar, é necessário sentir para que se torne real, caso contrário, mesmo querendo ter bons resultados, se os pensamentos não forem fortes o suficiente para impressionar e para se imprimir em nosso sistema, os resultados não serão alcançados. Todos aspiram a alcançar seus objetivos na vida, mas isso não é suficiente por si só. Para obter sucesso é preciso sentir-se no direito de usufruir os privilégios de ser bem-sucedido. Não basta almejar um bom emprego ou fazer bons negócios, é preciso sentir-se em condições de ser contratado e merecedor da oportunidade profissional.


É preciso ter isso implantado em seu sistema, de forma que pareça ser completamente natural. A força do pensamento atua tanto nas funções biológicas do corpo como no ambiente ao redor. Alguns exemplos corriqueiros tornam isso mais explícito, como pensar em comida e sentir fome, ou imaginar que algo é ameaçador e sentir medo — esse estado produz no corpo a adrenalina que estimula as funções biológicas deixando-o em alerta. Em relação à atuação da mente no exterior, observam-se os seguintes exemplos: ter medo de determinados insetos e freqüentemente deparar com os mesmos; pensar que algo pode dar errado e não conseguir realizar aquela atividade.


Antigamente acreditava-se que a mente era restrita ao nosso mundo interior. Considerava-se que ela se limitava ao cérebro. Desse modo, sua atuação era puramente interna, não exercendo nenhuma influência no exterior. Essa visão é baseada no conceito de que o poder do homem obedece a uma seqüência predeterminada: pensar, mover o corpo e com isso promover reações no mundo.


Afirmavam os antigos estudiosos do comportamento humano que somos um ser constituído por partes isoladas que se interligam pelas funções, como o mecanismo de um carro ou de outra máquina qualquer. Assim, eles falavam de mente, emoção, sentimento, corpo, alma, como partes de uma máquina biológica. Atualmente essas noções estão ultrapassadas. Os cientistas afirmam que não existe nada individualizado no homem, que tudo é um conjunto integrado.


Assim, somos sentimentos, emoções, espírito, neurônios e o corpo inteiro. Na visão metafísica, isso se estende também ao ambiente, às pessoas ao redor e ao universo. Portanto, o que é considerado mente na verdade são atributos naturais e não possuem fim ou começo. As concepções mentais são capazes de abranger todo o universo, podendo exercer algum tipo de influência nele.


VOCÊ NÃO TEM COMEÇO NEM FIM

A mente pode ser vista sob dois aspectos: o consciente e o inconsciente. O consciente é onde ocorre a percepção. Ele representa apenas uma pequena parte da mente, que compreende tudo aquilo de que estamos cientes no momento. A atividade do pensamento é a manifestação do consciente. Imagine uma lanterna acesa na escuridão; somente onde o foco de luz clareia é consciente. O consciente está ligado a todo o organismo, podendo a qualquer momento focar uma de suas partes ou identificar as sensações provenientes do corpo.


A mente consciente também se estende até onde os sentidos podem alcançar. A identificação dos estímulos externos representa uma extensão do consciente que não se limita apenas a captar os sons, as imagens, etc., mas também a perceber através do sexto sentido as emanações energéticas das pessoas ou dos ambientes, chegando a captar o ambiente astral em casos especiais. A consciência é um fenômeno abrangente que transcende o sistema nervoso, sendo ela fruto da interação entre o interno e o externo.


Existe uma frase de Yogananda que esclarece esse conceito: a mente é como um elástico que pode se estender ao infinito, sem se romper. Essa idéia contrasta com o ponto de vista tradicional da ciência, que descreve a percepção como um "arco reflexo", em que o mundo é um conjunto de estímulos que tocam os aparelhos sensores, e estes são conduzidos até o córtex cerebral, onde são interpretados pelos neurônios e percebidos pela mente. Esse nível de percepção também pode ser chamado de mente superficial ou eu consciente, que engloba tudo que se percebe no presente e identifica o que está ao redor. Nele estão todos os fenômenos dos sentidos (audição, visão, paladar, olfato e tato) que promovem as sensações, permitindo reconhecer o aqui - agora.


Essa mente é a que pensa, escolhe, decide, acredita ou desacredita e focaliza a atenção; ela é que dá a sensação de individualidade, promovendo a lucidez ou eu consciente. O principal atributo do eu consciente é o discernimento, o poder de escolher, de dar importância ou mudar o ponto de vista a qualquer momento, bem como mobilizar a vontade para intensificar os objetivos de vida. Ele é também responsável por formar o senso de realidade, de creditar como real ou irreal qualquer fato.


As faculdades mentais são atributos da vida. Por meio delas você pode reconhecer a si mesmo e interagir com o ambiente à sua volta. Em suma, não pense que a mente é restrita ao corpo somente porque você a identifica dessa maneira. A mente consciente vai além do simples fato de interpretar e decodificar os estímulos externos. Ela interage no mundo, tornando-se parte integrante dele.


O inconsciente não pode ser interpretado com facilidade nem ser evocado voluntariamente, porém seus conteúdos podem se manifestar no mundo consciente. Grande parte dos conteúdos da mente origina-se do inconsciente. Ele é a fonte das energias psíquicas e contém os fatores básicos da personalidade do indivíduo.


Os estudos a respeito da mente se aprofundaram e hoje se sabe que o material armazenado no inconsciente não são apenas as experiências pessoais da vida atual guardadas na memória, mas também os fatos de vidas passadas relacionados a você e à vida em geral, chegando a ter contato com os arquivos do passado do universo.


As pesquisas da psicologia, principalmente as realizadas por Carl Jung sobre o inconsciente coletivo, comprovam que o inconsciente é ilimitado, abrangendo não só o que existe mas também tudo que existiu e existirá. Jung exemplifica o inconsciente comparando-o ao ar, que é o mesmo em todo lugar, todos o respiram, mas ele não pertence a ninguém. Diz ainda: o inconsciente não é um recipiente que coleta o lixo da consciência, ele é a outra metade da psique. Assim podemos concluir que nós não temos um inconsciente para cada um, mas estamos todos "dentro" do inconsciente coletivo. A mente consciente tem a capacidade de criar as noções de tempo e de espaço, podendo em certas circunstâncias ignorá-las.


Ela está tanto dentro como fora de nós, e o que temos como limite não passa de uma convenção fruto da óptica que temos da vida. Sendo assim, estamos integrados a tudo que existe e nos tornamos parte daquilo que experimentamos. Todo tipo de matéria é formado por átomos: o ar é composto de moléculas que são constituídas de átomos, o organismo humano é um conjunto de células que também são formadas pelos átomos, e tudo isso se encontra de forma a ser uma só massa de átomos.


Desse modo, o que percebemos como corpo físico é a impressão de sólido que a mente interpreta como fenômeno somático. Assim como o mundo atômico, a mente é contínua, estando tanto dentro quanto fora de nós. A mente consciente é que distingue o que é interno ou externo, bem como a diferença entre sólido, líquido e gasoso. A percepção desses diversos tipos de matéria e o lugar que ocupamos no espaço é de acordo com nosso senso de realidade, porque, para a física, somos uma variação atômica dentro do universo indivisível.


Evolução é o nome dado ao contínuo processo da mente de devassar os níveis inconscientes, ampliando a consciência e a lucidez. É como se no início fôssemos só inconsciente e por algum motivo a consciência nascesse e iniciasse sua viagem de expansão. Nasce também o tempo e o universo da realidade ou o universo sensorial. Talvez cheguemos a desvendar o inconsciente totalmente e talvez aí a evolução termine..


MENTE, APARELHO REALIZADOR

A mente é um aparelho nas mãos do eu consciente. Seus atributos são manipulados por ele e refletem na realidade interna (corpo físico) e externa (meio ambiente). Nele reside a habilidade realizadora (criar a realidade ou o que será sensorial) do homem. E dotado do poder de escolher o que é significativo no mar de estímulos cotidianos, também tem o poder de dar crédito em diferentes graus e de graduar a importância, o que gera diferentes níveis de impressão. Este material vai para a mente inconsciente, que possui o aparelho realizador e o sistema de integridade, criando o cenário em que vamos ter nossas experiências.


O universo mental não se restringe a imaginar. Sua finalidade é tornar sensoriais e palpáveis os programas que a consciência estabelece como verdade e nos quais acredita. As experiências vividas são produtos da manipulação feita por você de seu aparelho mental. Vivemos de acordo com o que acreditamos e estabelecemos como verdadeiro para nós. Sendo assim, se não temos uma vida agradável, basta reformular nossas crenças para alterar o curso da existência. Entre a lucidez do eu consciente e o mundo material existe a mente.


Os estímulos recebidos passam pelos órgãos dos sentidos para depois serem interpretados pela mente; ela transforma estímulos em percepção. Ela é quem registra e assimila a existência de algo sólido ao redor. Pode-se dizer que a realidade externa é um produto da mente. A solidez da matéria está na concepção mental, pois as partículas atômicas que formam todos os tipos de matéria contêm um vácuo entre os elétrons e prótons que gravitam em torno do núcleo dos átomos.


A quantidade de massa sólida contida neles é mínima; a maior parte do composto atômico é vazia. Assim, portanto, a matéria é uma sensação que a mente interpreta como sólido. Pode-se dizer que a realidade é uma manifestação mental. Desse modo, a mente é o aparelho realizador que temos sob nosso comando. Não há contato direto entre o eu consciente e o mundo material, a mente se interpõe entre esses dois níveis, moldando a realidade e possibilitando a atuação do ser na vida.


Essa concepção da mente não é recente. Ela compunha os profundos conhecimentos de alguns círculos esotéricos que se mantiveram restritos a uma casta de pessoas selecionadas. Também faz parte do antigo hinduísmo e do budismo. O próprio Buda, ao perceber que a mente era a causa do sofrimento, da dor e dos problemas humanos, deu sua contribuição, criando exercícios para educá-la.


CONTEÚDOS DA MENTE

Sistema codificador. E a capacidade de transformar as percepções em códigos que possibilitam o entendimento. Atua na abstração dos fenômenos observados, criando conceitos. Reconhece os elementos registrados pelo som, visão e outros, simplificando-os em símbolos que exprimem a vivência pessoal. Organiza os conceitos básicos apreendidos, através da gramática e outros, constituindo a linguagem do pensamento, permitindo ao indivíduo formular idéias e tomar decisões.


O pensamento processa os conteúdos armazenados, que servem como uma espécie de base para o comportamento. Desse modo, a mente molda e transforma as energias vitais em elementos vivenciais. O ato de pensar é um processo magnífico que se utiliza das imagens registradas com significados específicos, para definir o comportamento. O som da sirene de uma ambulância, por exemplo, fará você ficar alerta caso esteja no trânsito; no entanto, se estiver dentro de casa, vai agir com indiferença. Um animal feroz no zoológico inspira tranqüilidade, porém se ele estivesse solto você ficaria apavorado. Esse sistema compõe o senso de realidade. Senso de realidade. E um conjunto de elementos que compõem o universo consciente e favorecem na percepção e reconhecimento das sensações do corpo, bem como na identificação dos estímulos externos. É uma espécie de sensor e qualificador do que é real ou irreal.


Ele possibilita nossa orientação pela vida. Nosso sistema nervoso é incapaz de saber se um fato existe no mundo externo ou se a mente o imagina, ele sempre reage da mesma forma. Imaginar um assalto ou ser de fato assaltado causa o mesmo efeito em nosso sistema. O bom senso é uma capacidade de sua essência. Por meio dele temos a possibilidade de discernir entre o que é adequado ou inadequado ao nosso sistema individual. Optamos pelo que é agradável e nos esquivamos daquilo que nos desagrada, norteando assim nosso fluxo pela vida. Desse modo são formados os valores verdadeiros ou padrões de referencial da realidade que movimentam as nossas virtudes.


Ele pode ser obscurecido e negligenciado pela opressão social de modo a impor valores e padrões tidos como adequados. Assim, o senso de realidade assumirá condutas baseadas em ilusões, o que fatalmente criará uma realidade negativa. Já o bom senso, quando utilizado, leva à formação de valores e padrões que criam uma realidade altamente favorável e positiva. Poder de escolha. Representa um dos maiores atributos do ser humano. Ele permite a cada um de nós articular entre as infinitas oportunidades de cada instante, levando-nos aos caminhos que desejamos seguir na vida. É um conteúdo do consciente.


Escolher é mover a atenção, e vontade é o nome da força que move o foco de nossa atenção. Também aciona e gradua os conteúdos do consciente: quanto mais atenção pusermos em um determinado aspecto da vida, mais claro e vivido ele se tornará, imprimindo-se com mais profundidade em nossa memória, passando a ser importante entre as outras experiências vividas, criando, assim, nossos próprios critérios do que é ou não significativo. 13 A vida é repleta de opções. A todo momento estamos fazendo algum tipo de escolha. Se estamos na rua, optamos por uma direção a seguir. Durante o percurso tomamos várias decisões, tais como o momento de atravessar a rua, a pista que vamos seguir no trânsito, e assim por diante.


Se estamos em casa, decidimos o que fazer, a hora de dormir, etc. Existem as escolhas mais relevantes, como assumir um relacionamento ou terminar com ele, permanecer no emprego ou procurar outro. Toda escolha desencadeia uma conseqüência. O que você está vivendo hoje é fruto da escolha feita no passado. Seu posicionamento presente determina o amanhã. Por isso, saber decidir é tão importante quanto assumir as conseqüências de seus atos. Escolher é um direito, arcar com as responsabilidades é uma necessidade. Para escolher, você é livre, mas sempre receberá de volta as conseqüências proporcionais a suas escolhas.


Em qualquer situação geralmente há alguma alternativa. Se você estiver se sentindo sem opção, é porque você está muito alienado. Reflita um instante e pergunte a si mesmo: o que posso fazer agora para me sentir bem? Certamente haverá algo à sua escolha. Existe uma diferença entre o ideal e o possível: aquilo que é idealizado nem sempre sabemos ainda como tornar possível. No entanto, constantemente há uma possibilidade, e saber aproveitá-la é o melhor caminho para atingir seus objetivos. Como fazer a melhor escolha?


No momento de decidir, o que movimenta sua atenção para fazer uma ou outra opção são os desejos. Eles são estabelecidos de acordo com os critérios mentais, e esses fatores são decisivos para qualquer escolha. A atenção pode ser comparada a um farol cujo foco é direcionado para aquilo que consideramos importante. Dar mais importância aos outros do que a si mesmo o faz querer agradar a todos. Nesse caso, ao lhe pedirem um favor, mesmo não podendo, você vai optar por atender, somente para não desagradar as pessoas.


A partir do momento que você revir e alterar essa postura de ser bom para os outros e passar a importar-se mais consigo e com suas próprias coisas, terá sua atenção dirigida ao que lhe é próprio. Agindo assim, quando for convidado para uma festa ou para fazer um passeio, vai ponderar melhor, considerando o que representa para você estar com aquele grupo e não o quanto poderá significar para os outros a sua companhia. Desse modo, sua atitude é propícia para fazer a melhor escolha.


REGISTROS SUBCONSCIENTES

O subconsciente corresponde aos primeiros níveis do inconsciente, pode ser definido como um estado de fraca consciência. É onde ficam registrados os conteúdos das experiências vividas, as remotas lembranças do passado que servem de fonte da consciência. Exerce significativa influência nas atividades mentais. Desempenha importante função como arquivo do que você já validou e escolheu como verdade. Como são padrões de pensamento gerando constante interferência no fluxo dos pensamentos, que provocam as sensações físicas, produzindo energias vitais capazes de atrair ocorrências compatíveis com os modelos registrados e possibilitando o sucesso ou fracasso na vida do indivíduo. E uma zona de execução das crenças e valores do ser humano, sendo, portanto, capaz de alterar as funções biológicas do corpo e criar situações no ambiente de acordo com as impressões gravadas nele.


Como são geradas as impressões? Nós buscamos sempre ter um posicionamento acerca das informações recebidas. Tudo que se vê, ouve ou vivência nos leva a refletir e formular idéias a respeito. Algumas experiências são consideradas válidas, outras não. Aquelas que julgamos importantes damos crédito de realidade e dirigimos intensas forças vitais ou importância, ganham o poder de impressionar ou de se instalar em nosso subconsciente. A idéia registrada serve como base para formular o raciocínio, e dele para a ação.


Essas idéias são os padrões que servem como referencial para classificarmos o que é certo ou errado, bom ou ruim. Aquilo que é reconhecido como verdadeiro compõe o universo psíquico do que é o real pára o indivíduo. Esses registros, em nível de subconsciente, servem como uma espécie de programa de computador, executando as operações de formação da realidade em nossa vida. As impressões passam a agir automaticamente em forma de condicionamento. Assim, em nível de consciência, elas se manifestam para nosso eu, na cabeça, na forma de idéias fixas, carregadas de intensa emoção, passam a exercer profundo controle em nossa maneira de pensar e agir.


Assim, se você ficar impressionado com as opiniões dos outros acerca de uma situação ou sobre você, poderá tomar isso como verdade. Procure investigar em si mesmo se é aquilo que você sente. Caso contrário, formará falsas impressões que vão dirigir sua vida e determinar seu futuro. Por isso, não permita que as opiniões dos outros determinem sua maneira de pensar acerca da vida e de si mesmo.


Aprenda a discernir e a avaliar com seus próprios sentidos tudo aquilo que se passa ao seu redor. Também seja você seu próprio sensor para medir suas qualidades, não dependa exclusivamente do ponto de vista alheio para se considerar bom ou se dar valor. Apegue-se à sua capacidade de discernir, dependa somente dos resultados obtidos para se sentir bom o bastante. Vale lembrar que só o fato de conseguir fazer algo já é de grande valor. O subconsciente não possui discernimento, só aceita os registros que você implantar nele. O poder de escolher o que é importante e que merece a devida atenção é um atributo do consciente. Esse é o centro propulsor das crenças.


O consciente constitui os pensamentos, estipula o que é verdadeiro, dirige a atenção e gera impressões que fazem você acreditar que as coisas funcionam de um jeito e não de outro. É isso que faz com que cada pessoa tenha um estilo próprio de vida e crie um cenário repleto de situações particulares. Então, você é aquilo que acredita ser. Definir-se como vencedor atrai sucesso. Dar importância aos obstáculos é viver criando derrotas. Posicionar-se como vítima é transformar-se em pólo de atração de problemas e doenças.


Todo esse mecanismo de funcionamento da mente mostra que você atrai ou repudia situações, oportunidades e pessoas de acordo com suas próprias estruturas mentais. Elas são responsáveis por tudo de bom ou ruim que acontece em sua vida. O que são as estruturas mentais e como elas agem?


A constituição psíquica é formada pelas idéias às quais damos credibilidade. Não se trata de pensamentos meramente especulativos, mas sim de intensas impressões que tivemos durante o curso de nossas existências. Essas podem ser tanto positivas ou neutras como negativas, dependem da interpretação que se tem dos fatos. As negativas são as estruturas que geram como conseqüência o medo, a autocobrança, a inferioridade, a crueldade, etc.; e as positivas são as de auto-estima, de prazer, de coragem, de respeito e outras.


Desse modo, determinamos o que é positivo, neutro ou negativo a partir de seus efeitos. Temos o poder de criar, destruir ou reformular as estruturas mentais de acordo com nossa vontade ou necessidade. No ambiente energético, elas são denominadas formas-pensamentos ou amebas. Elas atuam como vozes dentro da cabeça, ditando normas e regras e obrigandonos a tomar determinadas medidas, a não nos esquecer dos compromissos, e assim por diante.


Estão sempre nos cobrando fazer algo, que tomemos essa ou aquela atitude frente a uma determinada situação e que tenhamos esse ou aquele posicionamento. Quando não seguimos as recomendações, elas acionam os mecanismos de culpa e autopunição. São formas condicionadas, ou seja, automatizadas por nossa vontade. Nós criamos essas amebas que ditam o que devemos ser e fazer. São regras de como se comportar e de como se relacionar com os outros, para não correr o risco de sermos desaprovados e rejeitados. São estruturas mentais e crenças que foram estampadas no subconsciente. Um exemplo disso é uma criança que se sentiu rejeitada pelos pais.


À medida que foi crescendo, alimentou em si a crença de inferioridade, que a faz sentir-se pouco importante para os outros. Ao reforçar isso, a pessoa vai moldando o subconsciente e espelha no campo energético uma estrutura amebóide de inferioridade, que a faz sentir-se pouco importante. Esse sentimento atrai indiferença, e, mesmo que a pessoa se esforce para agradar os outros, não obterá respeito. Por outro lado, o sentimento de rejeição aciona os mecanismos de defesa para ocultar a inferioridade. Essas defesas são outras tantas estruturas ou amebas que você estabelece de como tem de ser para agradar os outros e ser aceito.


Há inúmeras defesas. Uma delas é do tipo que faz o papel de "bonzinho" para impressionar os outros e contar com a aprovação deles. Uma outra defesa é fazer o tipo gentil, aquele que é atencioso mas que faz da gentileza uma forma de evitar proximidade com as pessoas. Esse tipo tem medo de que os outros o conheçam profundamente a ponto de saberem até seus pontos fracos e, por causa disso, não o aprovem. Todas as nossas atitudes e comportamentos são alimentadas por amebas, tanto pelas negativas como pelas positivas. 16 As amebas negativas que formamos e nutrimos impedem nosso progresso. São ilusões e fantasias que criamos acerca de nós, do mundo e das pessoas.


As ilusões causam sofrimentos de toda espécie. Ao dar importância a elas, perdemos o contato com nossa essência e com a realidade. E em conseqüência dessas ilusões que temos uma vida cheia de desilusões e dificuldades. Existe também no subconsciente um número razoável de amebas positivas. São elas que nos fazem avançar na vida. São elas as de autovalor, de auto-estima, de coragem, de empenho, de crédito em si mesmo, de certeza no próprio potencial, de fé no universo e nas bênçãos que poderemos obter, etc.


E importante saber distinguir quando estamos nos alimentando de uma ilusão ou quando estamos sendo movidos por uma de nossas necessidades reais, ou seja, discernir o ilusório do real. Para isso é fundamental ficarmos centrados em nós mesmos. O si mesmo é sua alma ou essência. Ela é a estrutura básica do ser que organiza e mantém todo o nosso sistema. Só ela pode saber o que realmente é melhor, e nunca a cabeça, que é programada por influências externas educativas. Ê nela que fica o bom senso, a intuição ou sexto sentido, a vocação, a inspiração ou centro de motivação. Orientando-se por ela, seus falsos valores serão substituídos por verdadeiros.


A essa altura você deve estar se perguntando: por que criamos estruturas negativas, se elas vão nos prejudicar? O motivo disso é que a maioria das pessoas nutre um sentimento de inferioridade em relação a si mesmas. Somos criados numa sociedade comparativa, desde crianças somos cobrados a ser iguais aos outros. Os pais reforçam isso quando dizem a seus filhos: "Por que você não estudou como seus colegas? Seu irmão passou de ano, você não". Essas mensagens criam em nós o hábito de sempre nos espelharmos nos outros e seguir exemplos. Quando não conseguimos, nos desaprovamos e passamos a nos sentir inadequados.


Desse modo, não estamos operando o aparelho psíquico adequadamente. Geramos impressões contrárias ao progresso interior, que danificam nosso sistema de integridade. Em se tratando de amebas negativas, existe uma outra também famosa: é a do "tem quê". A todo instante ela cobra de você e obriga-o a fazer coisas que ela julga serem adequadas, mas nem sempre é aquilo de que você tem vontade. Esse termo, "tem quê", ecoa na mente empurrando-o para dentro, provocando cansaço, peso nos ombros, na nuca, respiração ofegante, enfim, um desconforto físico geral.


Ele tira seu ânimo, dando uma sensação de angústia. O termo ânimo significa alma; essa ameba nega a alma por julgá-la irresponsável. Com ela as pessoas se mascaram, comprometem a espontaneidade, perdem a liberdade e o bom senso. Há um número incontável de estruturas mentais negativas que criamos e alimentamos. Dentre elas se destacam: "Não sou capaz de ter sucesso na vida." "Não sou tão bom quanto meus colegas de trabalho, por isso não tive a promoção que esperava." "Para mim as coisas nunca dão certo." "Se eu for muito íntimo dos outros, eles vão conhecer meus defeitos e não vão gostar de mim."


Estruturas como essas podem estar há anos ativadas e causando obstáculos em sua vida. Mas não é o tempo de permanência do padrão limitante que conta. Pode-se nutrir uma estrutura durante anos, porém não é isso que a torna mais forte nem mais difícil de ser modificada, mas sim o crédito, a fé que é depositada nela. Isso porque é o consciente que tem noção de tempo, e não o subconsciente. Para este, o tempo é sempre o presente, por isso qualquer mudança pode ser feita agora. Não pense você que, pelo fato de ter sido de um jeito durante toda a sua vida, você não pode mudar. A qualquer momento é possível fazer uma reformulação dos valores internos e encarar a vida de outra forma. Basta não dar importância ao velho e permitir-se a renovação, acreditar nos potenciais que existem em você.


Ao mudar as estruturas mentais, você estará fazendo uma completa reformulação em sua vida. Mesmo que as situações ao redor continuem iguais, você vai encará-las de forma diferente. A mudança interior é fundamental para alterar o curso de sua existência. Resta saber se você está mesmo disposto a se transformar ou se prefere continuar com a mesma cabeça. Às vezes a vida material está boa, porém o emocional não, ou vice-versa. Caso você não seja uma pessoa realizada, é necessário fazer uma reformulação interna para conquistar a felicidade.


Para o trabalho interior com as amebas, observe-se sem crítica, julgamentos, cobranças ou culpa, porque isso poderá acionar seus programas de autodefesa, o que impedirá a identificação dos conteúdos, bem como a reformulação deles. O que é necessário então para eliminar uma estrutura negativa? Em primeiro lugar, estar disposto a mudar. Em segundo, é preciso perceber que tipo de estrutura você vem mantendo em sua vida. Quais as mais habituais: positivas ou negativas? Diante de uma situação inusitada, você encara com otimismo ou pessimismo?


Acredita que a vida é benéfica ou prejudicial? Você se estima e se aprova ou fica esperando que os outros o façam? Confia que o sucesso econômico esteja ao seu alcance ou se sente fadado ao fracasso? Para enfraquecer as amebas negativas é necessário que você use seu poder de anulá-las. Para tornar neutro algo a que você deu muita importância, muita força, basta apenas tirar-lhe a importância. Tudo que é verdadeiramente desprezado perde o poder e desaparece. Por fim, para a reformulação interior ficar completa é necessário nutrir bons pensamentos e, sobretudo, acreditar neles.


Comece a pensar dessa maneira: "Sou importante para mim e digno de ter uma companhia agradável." "Sou uma pessoa simpática." "E seguro ser eu mesmo/a." "Sou capaz de ter sucesso na vida." Não permita que as amebas negativas atrapalhem sua positividade. Se algum pensamento contrário ao positivismo vier à cabeça, trate-o com indiferença. Não lute contra nem brigue com ele, pois essa atitude fortalece as amebas negativas. Quando você estiver empenhado em gravar uma estrutura positiva, a negatividade vai invadir sua mente. Não se deixe perturbar por ela, assuma seu poder de escolha e opte por aquilo que é melhor para você. Afinal, o poder de escolha é sempre seu.


INTEGRIDADE DO SER

Estudos recentes sobre a região mental do cérebro chamada subconsciente e sobre os efeitos das impressões gravadas nele mostram que sua capacidade de interferir no funcionamento do corpo é muito grande. Freud foi um dos primeiros a perceber que as atividades mentais poderiam modificar as funções normais do organismo, abrindo assim as perspectivas para uma nova ciência chamada Psicossomática. Atualmente as pesquisas sobre estresse vêm sendo amplamente divulgadas. Aos poucos o homem vai constatando que as atividades mentais desempenham significativa participação no desenrolar das situações materiais e na saúde do corpo.


Para compreender por que as pessoas adoecem ou apresentam alterações em diferentes partes do corpo, bem corno por que uns vivem doentes enquanto outros são saudáveis, foi desenvolvido este estudo de Metafísica da Saúde. O objetivo é conscientizá-lo de que sua condição interna é um fator predominante para manter a saúde física e melhorar a qualidade de vida. O corpo acusa o modo como estamos lidando com os acontecimentos.


Cada parte dele reflete uma emoção. Todas as alterações metabólicas têm sua origem nas atividades mentais. Nesse paralelo entre o físico e o mental, você vai compreender que suas atitudes determinam a saúde física bem como sua condição de vida. Resumidamente, emoção é a resposta aos estímulos mentais que atingem o baixo ventre emitindo ondas cíclicas que sobem. Sentimentos, por sua vez, são vibrações emitidas do peito, também fruto das atividades mentais.


De acordo com a maneira como estamos respondendo às situações da vida, temos uma afetividade saudável ou não. Saúde existe quando pensamos e agimos em concordância com nossa natureza individual ou nosso temperamento. Entretanto, se estivermos em desacordo, criamos conflitos que perturbam nossa estabilidade afetiva que se manifestam no corpo como desequilíbrio ou sintomas.


O sistema de integridade age em nível de subconsciente. Ele impede que um bom número de pensamentos seja transformado em realidade. Funciona como uma defesa natural contra nossa ignorância. Você já imaginou se todos os pensamentos negativos carregados de intensidade fossem imediatamente transformados em realidade? Por certo nem o mundo existiria. Quando estamos emocionados formulamos centenas de pensamentos negativos, porque é natural em nosso nível de evolução não sabermos lidar bem com nossa afetividade.


O sistema de integridade seleciona o material que chega ao subconsciente e só deixa tornar-se realidade aquilo que é considerado seu melhor. Ele é o preservador da evolução e dos objetivos da vida em nós. Estamos protegidos de nossa ignorância, mas não daquilo de que temos consciência. Nossa idéia da melhor maneira de ver ou fazer as coisas vai evoluindo com nossas experiências. A cada dia sabemos fazer melhor as coisas.


Quando fazemos uma coisa que é nosso melhor meio de fazê-la segundo nossa relativa inteligência, o sistema de integridade procura criar realidades baseado em nossos melhores padrões, mesmo que a nossa ação seja negativa. Exemplo disso é a pessoa que pragueja e se queixa como forma de reagir àquilo que acontece e de que ela não gosta. Para ela, essa é a melhor maneira de agir, pois ainda não aprendeu a fazer melhor. Em vez de o subconsciente materializar negatividades, ele sofre a ação do sistema de integridade e este seleciona padrões positivos para materializar, porque praguejar é o melhor da pessoa e ele reproduz o melhor.


Em outras palavras: se você faz seu melhor, o subconsciente materializa o que você padronizou como o seu melhor. Mas se você, movido por escutar os palpites alheios, resolve agir de uma maneira que não é o seu melhor, então o sistema de integridade vai retrair-se e algo proporcional ao que você está crendo naquele momento se materializará. O seu melhor o protege. O seu melhor é classificado pelas experiências que você viveu e nunca pelo que você aprende teoricamente. Você pode ter uma cabeça cheia de moral e valores aprendidos filosoficamente, mas eles nada têm a ver com o seu melhor. É necessário que você tenha sentido de corpo inteiro um pensamento para que ele seja reconhecido como o melhor.


Se você já experimentou o perdão e sentiu como ele é benéfico, então ele passa a ser um padrão e se você não perdoar então seu ato será tido como o pior e sua realidade será negativa. Assim, quando uma mulher que sabe se dar aos outros e tem como experiência a satisfação afetiva de se dar de uma certa forma nega-se a dar porque se desapontou com os outros, ela não está fazendo o seu melhor, e assim ela perderá a natural proteção do sistema de integridade e provavelmente apresentará seu ressentimento como um caroço no seio.


Se o fato de ela se negar fosse o melhor dela, o ressentimento não se transformaria em caroço no seio, porque o sistema de integridade teria impedido isso. Portanto toda doença é algo que você está fazendo e mantendo que não é o seu melhor de acordo com sua evolução. Isso explica por que pessoas mais evoluídas do que nós estão doentes, porque por certo elas não estão fazendo algo exatamente de acordo com sua evolução. Isso também explica por que uma pessoa mais atrasada que nós pode estar gozando de plena saúde: ela, mesmo em sua ignorância, está fazendo o seu melhor.


Um ato pode ser natural para uma pessoa e perigoso para outras. O universo se organiza sob a lei da individualidade. A lei da vida é relativa à individualidade, à evolução e à singularidade. Em suma, a pessoa só fica doente quando seus pensamentos e ações são contrários ao fluxo de sua natureza íntima e sua relativa sabedoria. Geralmente isso acontece quando se tenta mudar o jeito de ser para agradar os outros.


É o caso de uma pessoa comunicativa passar a censurar sua expressão, tornando-se calada. Isso pode causar doenças na garganta. O mesmo acontece com as crianças que são constantemente repreendidas na expressão verbal; geralmente elas apresentam inflamações na garganta. Na concepção metafísica existe um fator de fundamental importância: não é a situação externa que determina a condição interna. O meio contribui, mas não é um fator determinante, haja vista cada um reagir de uma maneira frente às mesmas situações.


Diante do desprezo, por exemplo, existem aqueles que se revoltam, tornando-se agressivos; outros se reprimem e sentem-se carentes; há também aqueles que se tornam independentes. Dependendo do nível de evolução de cada um, tudo pode dar em nada. E comum encontrarmos pessoas que foram maltratadas na infância e nem por isso são revoltadas; ao contrário, mantêm sua dignidade e respeito próprio. Por outro lado, existem aqueles que foram bem tratados e, no entanto, são rebeldes e maldosos. Enfim, não somos frutos do ambiente, mas sim coniventes com tudo de bom ou ruim que nos acontece na vida, bem como responsáveis pela saúde ou pelas doenças que afetam o corpo.


A postura frente aos episódios é que determina o desenrolar dos fatos. Por mais desagradável que venham a ser os resultados, você tem uma parcela de responsabilidade sobre eles. Qualquer que tenha sido sua atitude, você gerou a situação que hoje o está assediando. Sua conduta atual frente ao que o cerca poderá tanto agravar como atenuar o reflexo de uma postura anterior. Basta que você sempre faça seu melhor e não se deixe afetar pelos palpites dos outros.


A doença no corpo é desencadeada pelas atitudes nocivas a você em particular, já que sua evolução é relativa ao que você experimentou. Não se pode dizer que uma pessoa, em sã consciência, escolhe ter uma determinada doença. Ela surge como um reflexo de sua condição interna. Ao adquirir a consciência metafísica de uma disfunção orgânica, você obtém um importante recurso para a reorganização do mundo interno.


Essa reformulação irá refletir no ambiente externo, criando uma nova condição de vida, principalmente no corpo, em forma de saúde e vitalidade. Se por um lado a consciência metafísica tira todos os seus álibis para justificar seus próprios infortúnios, por outro resgata seu poder de alterar as condições desagradáveis da vida, bem como o de reconquistar a saúde do corpo. Resgatar a saúde representa voltar a fazer seu melhor e aceitar com modéstia e boa vontade o que você é. Terá portanto que aprender a confiar em si e a ter a coragem de ser você mesmo diante das expectativas e cobranças do mundo.


Metafísica e Hereditariedade

A ciência explica que o único modelo organizacional do corpo humano é a genética, ou seja, os genes dos pais são os fatores exclusivos e determinantes das características fisiológicas. Na concepção metafísica, o corpo humano é organizado pela consciência não desperta. O ser possui intrínseca na alma uma estrutura organizacional das células desde sua formação embrionária. A metafísica admite, porém, que todas as pessoas herdam uma carga genética que indubitavelmente é necessária para a constituição biológica.


No entanto, o que determina as características fisiológicas são os fatores existentes no âmago do ser. São aproveitados os genes compatíveis com a constituição interior para estampar no corpo as particularidades da alma. A mutação genética é determinada pelas condições do espírito reencarnante. O princípio da reencarnação altera consideravelmente as afirmações prematuras dos pseudocientistas. Entre as pessoas da família existem profundas afinidades, a começar pelo fato de estarem juntas na trajetória de vida.


Os fatores em comum também estão expressos no corpo, revelando que possuímos semelhantes características na constituição emocional. Essa afinidade existe tanto nos conteúdos positivos — como semelhantes habilidades e potenciais — quanto nos fatores negativos que se apresentam em forma de doenças hereditárias ou congênitas. Um dos fatores que fundamentam a teoria metafísica é que nem todos os filhos de pais diabéticos, por exemplo, irão desenvolver essa doença. Se a hereditariedade fosse o fator determinante, todos os filhos desenvolveriam as mesmas doenças, mas não é isso que acontece.


As exceções demonstram que existem os fatores individuais somando com os genéticos para determinar as condições físicas. Desse modo, compreende-se que não somos vítimas das informações genéticas. Não são elas as únicas responsáveis pelo aparecimento das doenças herdadas ou de má formação, mas sim nossa condição inata, que nos atrai a uma família geneticamente compatível e que possibilita estampar no corpo as marcas condizentes com nossa própria estruturação interna.


Ao longo deste estudo vamos encontrar uma série de doenças, cujas causas orgânicas são atribuídas à genética. Serão feitas leituras das causas metafísicas dessas doenças, independentemente da forma como elas se originaram, haja vista existir sempre uma condição pessoal de responsabilidade do próprio doente, mesmo nas patologias congênitas.


Enfim, a genética deixa de ser o único vilão de algumas enfermidades, e você se torna cada vez mais responsável por seus próprios infortúnios. O mesmo se aplica aos problemas infantis. Iremos compreender que mesmo a criança sendo dependente dos pais e passiva ao ambiente, a doença não é atribuída exclusivamente a esses fatores. Não cabe ao pais a total responsabilidade pela condição da criança.


O fator determinante é do próprio ser. Quando ela adoece, é porque se encontra numa atmosfera que propicia o mal físico. No entanto, sua condição emocional também se encontra abalada. A criança tem uma maneira própria de reagir aos episódios do lar, pois traz do passado muitas experiências que formam já seu temperamento. Quando essa postura for compatível com as causas metafísicas da doença, ela irá apresentar no corpo o reflexo de uma atitude nociva para seu emocional.


Como a criança ainda não desenvolveu a linguagem de expressão, sua condição interna não terá a mesma manifestação de uma pessoa adulta. Porém isso não a exime das responsabilidades daquilo que o corpo apresenta. A condição emocional é a mesma em qualquer idade. Assim, portanto, quando uma criança adoece, é possível compreender, por meio da consciência metafísica, quais são as características internas daquele ser que está iniciando sua trajetória de vida. Conscientes dos pontos fracos da criança, os pais terão um recurso a mais para favorecer o desenvolvimento de seus filhos.


CONSCIÊNCIA E RESPONSABILLIDADE

A consciência é um processo individual. Cada um vive suas próprias experiências de acordo com seu conhecimento. À medida que nos desenvolvemos interiormente, ampliamos os horizontes e assumimos maior responsabilidade sobre nossos atos.


Responsabilidade é o poder de você ser você mesmo, de responder por suas habilidades, é dar o melhor de si. A vida não exige mais do que você pode fazer. Estar no seu melhor é agir de acordo com seus potenciais. O que vem a ser o seu melhor? E aquilo que você já experienciou. Não se trata apenas de concepções psíquicas ou um simples aprendizado. E mais que isso, refere-se a uma prática adquirida no exercício da vida. É a melhor maneira encontrada para proceder numa situação. E o mais adequado à sua condição emocional, por isso gera harmonia e bem-estar.


A vida é um constante processo de mutação. Estamos sempre desenvolvendo novas habilidades e nos tomamos mais conscientes dos próprios potenciais. Aquilo que é bom hoje pode não ser o melhor amanhã, porque encontramos uma nova forma de agir. Enquanto estivermos fazendo o nosso melhor, tudo andará bem na vida, e teremos saúde. Mas, quando suas atitudes não forem apropriadas, ou seja, se não estiverem de acordo com sua condição interna, tudo à sua volta se desestabilizará, podendo até surgir doenças no corpo. Agir de maneira inadequada para si é desconfortável e prejudicial. Seria o mesmo que um adulto vestir uma roupa de criança: vai apertar e machucar.


O corpo é uma espécie de sensor que acusa as atitudes inadequadas que persistimos em manter. Essas posturas desencadeiam a desarmonia interior, causando as doenças. Por outro lado, se uma pessoa não tem condições de atuar de outra maneira, a natureza a protegerá de qualquer reflexo negativo que aquela postura possa causar, haja vista ela não estar se agredindo, apenas fazendo o que é possível dentro de seus limites. Constantemente fazemos agressões a nós mesmos e nem sempre arcamos com as conseqüências. Isso porque não temos plena consciência de nossos atos. Por esse motivo, a natureza nos protege.


Só podemos ser responsáveis por aquilo de que temos consciência, não pelo que ignoramos. Como se pode exigir de uma pessoa algo que ela ainda não aprendeu? É como alguém que não é habilitado a dirigir e desconhece os sinais de trânsito: sua posição dentro de um veículo é de passageiro. Nessas condições, se ele sugerir entrar na contramão, essa sugestão não será considerada pelo motorista, que conhece as leis de trânsito. Porém, se o condutor o fizer, será multado.


Todo esse contexto explica o fato de você se identificar com alguns comportamentos compatíveis com as causas metafísicas das doenças descritas neste livro sem jamais ter apresentado qualquer disfunção orgânica naquele sentido. A metafísica não é aplicada para prever futuras doenças, ela objetiva alertá-lo de sua condição afetiva indevida, para manter a saúde e melhorar a qualidade de vida. Em sua concepção básica, compreende-se que passado e futuro fundem-se no presente. A conduta atual pode resolver as pendências emocionais e alterar as próximas situações.


DOENÇA

Se você apresenta algum problema físico, é importante perceber qual aspecto da vida está deixando de fluir adequadamente. A doença é a manifestação dos conflitos interiores. Antes de ocorrer a somatização, a pessoa apresenta problemas de ordem emocional, como angústia, depressão, medo, etc. Essa condição interna é um aviso de que sua atuação na vida é inadequada a seu temperamento. Ela acusa a postura embaraçosa de alguém que está se boicotando em favor dos outros e se desviando de seu verdadeiro ser. Esse mecanismo existe para alertar e não para castigar. Desse modo você poderá perceber o mal que está fazendo para si mesmo.


A partir do momento que há um reposicionamento interior, resgata-se a harmonia e conseqüentemente a saúde. É você quem cria as condições propícias à manifestação das doenças. Da mesma forma, você também tem a capacidade de destruí-las e sarar. Talvez seja difícil conceber que você é a causa dos distúrbios da saúde, pois aprendeu erradamente que o corpo fica doente sem a sua participação. A metafísica vem mostrando que cada um é responsável por tudo que acontece em seu corpo.


Uma vez já somatizada a doença, é preciso ter o acompanhamento médico para restabelecer o físico. Paralelamente ao uso de medicamentos, é necessário mudar as atitudes inadequadas que causam prejuízos emocionais e físicos. Os remédios tratam o físico, fortalecem temporariamente o corpo e eliminam os sintomas. Mas, se você não mudar a condição interna que está gerando a doença, ela surge em outra área do organismo.


Para encontrar as causas metafísicas das doenças não é necessário se pressionar, nem se obrigar a chegar à raiz do problema. Assim você estará indo contra si próprio, e isso abala ainda mais sua condição interna, agravando os sintomas físicos. A resposta surge naturalmente, basta olhar para si mesmo e tentar descobrir em que área da vida você não tem fluído bem. Observe o que está afetando sua estabilidade emocional e, finalmente, o que o leva a ficar nesse estado.


Você pode até ter razão por se sentir assim, no entanto isso não faz bem emocionalmente e afeta o corpo. Procure resgatar a serenidade, não se julgue nem se deixe afetar pelos julgamentos dos outros. Dê-se força, não se obrigue a nada, deixe a consciência agir sobre você.


Admita o fato de não estar encarando a situação da melhor maneira, procure adotar uma nova postura de vida. Desse modo você estará resgatando sua integridade moral, conseqüentemente a dor física deixará de existir. A dor é uma sensação exagerada, com o intuito de despertar a consciência para as nossas inadequações. Ela não é o único caminho para o progresso espiritual, como muitos pensam.


Ela faz parte da vida daqueles que resistem ao fluxo natural do ser e persiste enquanto não houver a reformulação interior. Essa transformação pode ocorrer naturalmente durante o período de convalescença, sem que a pessoa associe seu emocional afetado com a doença, apesar de estarem intimamente interligados. A dor promove um estado de reflexão. O simples fato de se abster da dinâmica do cotidiano por conta de sua condição debilitada já é um fator positivo para se trabalhar interiormente.


Quando isso acontece, a pessoa altera seus valores e supera esse período obscuro de sua vida com uma nova postura. Ninguém sai de uma fase de sofrimento com a mesma cabeça, porque a situação só muda se você mudar. A dor tem um poder de transformar o indivíduo. Ela é uma condição extrema para superar os bloqueios instalados durante a trajetória de vida.


Ela só passa definitivamente quando a pessoa muda sua atitude interna. A cura é uma combinação do tratamento físico com o reposicionamento interior. Do mesmo modo que é importante procurar o médico, também é necessário investigar as causas emocionais. Uma vez reparada a condição interna, o tratamento físico se torna mais eficaz. A consciência metafísica acelera o processo de recuperação, por indicar em você aquilo que está mal resolvido.


Partindo disso, é só ter boa vontade, abandonar a vaidade e não ser resistente, que a reformulação acontece com naturalidade. Essa transformação pode ocorrer naturalmente durante o período de convalescença, sem que a pessoa associe seu emocional afetado com a doença, apesar de estarem intimamente interligados. A dor promove um estado de reflexão. O simples fato de se abster da dinâmica do cotidiano por conta de sua condição debilitada já é um fator positivo para se trabalhar interiormente.


Quando isso acontece, a pessoa altera seus valores e supera esse período obscuro de sua vida com uma nova postura. Ninguém sai de uma fase de sofrimento com a mesma cabeça, porque a situação só muda se você mudar. A dor tem um poder de transformar o indivíduo. Ela é uma condição extrema para superar os bloqueios instalados durante a trajetória de vida. Ela só passa definitivamente quando a pessoa muda sua atitude interna.


A cura é uma combinação do tratamento físico com o reposicionamento interior. Do mesmo modo que é importante procurar o médico, também é necessário investigar as causas emocionais. Uma vez reparada a condição interna, o tratamento físico se torna mais eficaz. A consciência metafísica acelera o processo de recuperação, por indicar em você aquilo que está mal resolvido. Partindo disso, é só ter boa vontade, abandonar a vaidade e não ser resistente, que a reformulação acontece com naturalidade.



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Crédito ao portal Pelo Amor da Deusa, pela reunião e compilação dos arquivos digitais.


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